Jornal das Boas-Novas – 267
01/10/2021
Falando de História – 267
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Maior risco

Foto: Divulgação

Com a recente ascensão da milícia terrorista Talibã ao poder no Afeganistão, as notícias são de aumento de intensidade da intolerância à fé cristã. Rex Rogers (foto), presidente da missão evangélica SAT-7, nos Estados Unidos, informou que muitos cristãos estão sendo assassinados assim que são identificados. Temos ouvido de fontes seguras que o Talibã exige que as pessoas mostrem seus celulares. Se encontrarem alguma Bíblia ou aplicativo cristão no aparelho, elas são mortas instantaneamente.

Estima-se que existam 10 mil a 12 mil convertidos a Cristo no Afeganistão, país asiático de 37 milhões de habitantes de maioria muçulmana. Grande parte desses crentes em Jesus é de ex-seguidores do Islã, e, portanto, essas pessoas estão sujeitas à prisão e à pena de morte, segundo a Sharia, o código de leis islâmicas seguido à risca pelos membros do Talibã. (Élidi Miranda, com informações de Portas Abertas e The Hill)


Terreno árido

Nos últimos cinco séculos, povos de todas as partes do globo conheceram o Evangelho por intermédio de missionários europeus. Hoje, esse movimento se inverteu: imigrantes de países da América do Sul, Ásia e África são atualmente os principais responsáveis pela evangelização do Velho Mundo. É o que consta no relatório Europe 2021 – A Missiological Report (Europa 2021, um relatório missiológico), publicado pela Missão Europeia Cristã (ECM, a sigla em inglês), organização voltada para a evangelização do continente. A Europa é, talvez, o maior desafio de missões mundiais hoje. Muitos europeus parecem ter sido inoculados contra o Evangelho pela “vacina” do cristianismo cultural, diz Jim Memory, um dos líderes da ECM e organizador do documento.

De acordo com o relatório, os cristãos latino-americanos plantaram milhares de igrejas na Espanha, em Portugal e em outros países da Europa nos últimos 30 anos. Difícil encontrar uma grande cidade europeia sem uma congregação de brasileiros ou de falantes de espanhol, destaca o documento, o qual assinala que o mesmo fenômeno é observado entre chineses e egressos de diversos países africanos.

Embora os nativos europeus nem sempre sofram diretamente a influência dessas igrejas de imigrantes, o texto encoraja todos os cristãos do continente a continuar plantando a semente da Palavra no árido solo europeu. Nossa tarefa é semear. A motivação é nosso amor a Deus e ao mundo, registra o texto. (Élidi Miranda, com informações de Christian Today)


Falsas acusações

Foto: Reprodução / Twitter

A perseguição aos cristãos na Índia, nação asiática de 1,3 bilhão de pessoas, parece não ter limites. Recentemente, líderes nacionalistas hindus organizaram um encontro ao ar livre, para incitar a população de Jagdalpur – cidade do estado de Chhattisgarh, na região Central do país – a praticar atos violentos contra os crentes em Jesus. O evento, que contou com a presença de 500 pessoas, foi planejado por membros do Partido Bharatiya Janata (BJP, a sigla em inglês), que atualmente governa o país. Vamos tirar as pessoas das igrejas à força e acabar com as conversões a qualquer custo, disse Amit Sahu (foto), presidente do BJP em Chhattisgarh. Ele conclamou os presentes a declarar a cidade uma zona livre de conversões ao cristianismo. Por sua vez, Roop Singh Mandavi, outra liderança do partido na região, afirmou: Vamos aterrorizar os cristãos que estão envolvidos no trabalho de conversão.

Essa ação do BJP não é um movimento isolado. Pelo contrário: o ultranacionalismo e o radicalismo hindu têm colocado os cristãos em constante perigo em diversas partes da Índia. Comumente, eles são acusados, sem provas, de forçar hindus a se converterem à fé cristã, o que serve como justificativa para todo tipo de violência. (Élidi Miranda, com informações de International Christian Concern – ICC)


Assassinatos em série

Mais de 43 mil cristãos foram mortos por extremistas muçulmanos nos últimos 12 anos – de julho de 2009 a julho de 2021 – na Nigéria, país africano de 219 milhões de habitantes. A informação é de um relatório divulgado recentemente pela Intersociety, uma organização nigeriana de defesa dos direitos humanos. Segundo o documento, outros 18,5 mil cristãos teriam desaparecido no mesmo período, e 10 milhões de pessoas se viram forçadas a abandonar a residência por medo da violência. A lista de atrocidades cometidas pelos extremistas inclui massacres, assassinatos, mutilações, torturas, aleijamentos, sequestros, estupros (inclusive de crianças), casamentos arranjados (e obrigatórios) e conversões forçadas ao islamismo. No entanto, o relatório levanta a hipótese de que esses números tenham sido subestimados por causa da falta de dados governamentais precisos.

O documento indica que o genocídio que vem acontecendo na Nigéria é patrocinado por integrantes do grupo radical Boko Haram, o qual pretende dominar politicamente o país, e por milícias rurais formadas por muçulmanos da etnia fulani. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)


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