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Visão e idade

Foto: STUDIO LAB / Gerado com IA / Adobe Stock

O número de pessoas com perda de visão causada pela Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) deve quase triplicar, passando de 8,1 milhões em 2021 para 21,3 milhões até 2050. É o que diz um estudo publicado recentemente na revista científica britânica The Lancet Global Health. Como a taxa padronizada por idade [técnica estatística usada para explicar as mudanças na estrutura populacional ao longo do tempo] caiu 5,53% entre 1990 e 2021, é possível supor que o crescimento dos casos está diretamente ligado ao envelhecimento e ao aumento populacional – associado à redução do tabagismo.

A DMRI afeta a mácula – parte do olho responsável pela visão central – e tem como principais fatores de risco a idade (a partir dos 50 anos), a predisposição genética e o histórico familiar. Existem dois tipos da doença: a seca, condição em que a visão central é afetada gradualmente, sem dor, ao longo dos anos (na maioria dos casos, a perda visual é lenta e progressiva), e a úmida, tipo mais grave, que se desenvolve quando vasos sanguíneos anormais crescem sob a retina e a mácula, causando vazamento de fluidos e sangue, o que leva à formação de cicatrizes e perda da visão.

A pesquisa usou como fonte o Global Burden of Diseases (Estudo de Carga Global de Doenças), que reúne dados de 160 nações, incluindo o Brasil. Os autores recomendam que o acesso à saúde seja ampliado, assim como o controle do tabaco, para possibilitar a redução do impacto da DMRI, especialmente em países de baixa e média rendas. (Patrícia Scott com informações de CNN Brasil)


Fim da calvície

Foto: Christopher / Adobe Stock

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), nos Estados Unidos, pode representar um importante avanço no combate à calvície. Os pesquisadores identificaram o potencial da proteína SCUBE3 – molécula produzida naturalmente pelas células da papila dérmica – para reativar o crescimento do cabelo. A papila dérmica (PD) do folículo piloso é um nicho químico e físico para células progenitoras epiteliais que regeneram a porção cíclica do folículo piloso, gerando, assim, a haste capilar.

Durante experimentos feitos em ratos, folículos de couro cabeludo humano foram transplantados nos animais para observar os efeitos diretos dessa molécula. A atuação da SCUBE3 demonstrou resultados muito animadores e acima das expectativas: após aplicações nos enxertos, folículos humanos que estavam inativos passaram a produzir fios novamente. Os cientistas descobriram que a proteína SCUBE3 consegue se comunicar diretamente com as células-mãe do folículo, enviando sinais que estimulam sua multiplicação e a regeneração dos fios.

Esse estudo tem chamado a atenção por apresentar uma abordagem inédita na tentativa de solucionar a perda de cabelo, condição que afeta mais de 40 milhões de brasileiros e brasileiras. A pesquisa pode abrir caminho para o tratamento mais eficaz da alopecia androgenética (a calvície hereditária) – frequente em homens e mulheres. (Cleber Nadalutti com informações de Universidade da Califórnia em Irvine, National Institute of Health e eCycle)


Risco alimentar

Foto: Divulgação – modificada por IA

Cinco minutos com a Dra. Ekaterini Goudouris

Por Patrícia Scott

Cerca de 6% das crianças e 3,5% dos adultos vivem com algum tipo de alergia alimentar no país, segundo dados do projeto Alergia Alimentar Brasil. Além da predisposição genética, os fatores ambientais — co-mo a vida em centros urbanos e industrializados — contribuem para o surgimento das reações alérgicas que, na infância, tendem a desaparecer entre cinco e sete anos de idade. Nesta entrevista à Graça/Show da Fé, a alergista e pediatra Ekaterini Goudouris, médica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e à Rede EBSERH, esclarece os principais aspectos desse tema.

Qual é a diferença entre alergia e intolerância alimentar?

A alergia alimentar engloba o sistema imunológico, que reage a proteínas do alimento, podendo causar desde urticária até anafilaxia. Já a intolerância alimentar não afeta o sistema imune, sendo causada por dificuldades na digestão de certos componentes (como a lactose), com sintomas principalmente digestivos.

O que mais causa alergia alimentar em crianças e adultos?

Em crianças, alimentos como leite de vaca, ovo, banana, soja, milho e amendoim. Já nos adultos, as alergias mais comuns envolvem amendoim, castanhas e crustáceos, como o camarão.

Quais são os sintomas da alergia alimentar?

Nas mediadas por IgE – um tipo específico de anticorpo –, surgem rápido e incluem urticária, inchaço e dificuldade para respirar. Nas não mediadas por IgE, os sinais são mais persistentes e abrangem o sistema gastrointestinal (esofagite, colite) e a pele (dermatite atópica).

De que maneira é feito o diagnóstico da alergia alimentar?

Começa com a história clínica, auxiliada por testes de sangue e de pele, especialmente nas alergias mediadas por IgE. O teste de provocação oral (TPO) é mais confiável, realizado sob supervisão médica.

Qual tratamento é indicado?

Evitar o alimento causador. O grau de restrição varia conforme a sensibilidade do paciente. Em casos persistentes ou graves, há protocolos de dessensibilização, que precisam de acompanhamento médico.

Existe algum tratamento alternativo?

Uma abordagem mais recente é manter o alimento na dieta em porção pequena, logo após o diagnóstico, usando o teste de provocação oral de baixa dose para identificar níveis seguros. A proposta é evitar a exclusão total e promover adaptação gradual, mas ela ainda está em fase de validação.


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