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05/06/2025
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11/06/2025
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Velhice saudável

Velhice saudável

Foto: SasaStock / Adobe Stock

Embora o envelhecimento não signifique – necessariamente – perda de autonomia ou abandono de atividades prazerosas, essa fase requer atenção especial à saúde e ao bem-estar. Especialistas alertam que medidas preventivas e mudanças no estilo de vida são fundamentais na terceira idade. Entre as recomendações do Ministério da Saúde, estão adoção de uma alimentação balanceada, a interrupção de hábitos nocivos, como o consumo excessivo de álcool e o tabagismo, a prática regular de atividades físicas e a realização de exercícios cognitivos. Segundo os médicos, esses cuidados ajudam a preservar a vitalidade e a autonomia por mais tempo.

Além dos aspectos físicos, a socialização se destaca como um fator determinante, de acordo com a pesquisa Study of Adult Development (Estudo do Desenvolvimento Adulto), da Universidade de Harvard. Desenvolvido ao longo das últimas décadas, o estudo aponta que manter bons relacionamentos com familiares, amigos e a comunidade contribui para a longevidade e a satisfação com a vida. Para os pesquisadores, sentir-se valorizado e conectado ao outro eleva a autoestima, reduz o risco de isolamento e contribui para a manutenção de hábitos saudáveis, afastando o sedentarismo e o uso abusivo de substâncias. (Patrícia Scott com informações de Vida Saudável)


Feridas e queimaduras

Foto: ARTFULLY-79 / Adobe Stock

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA) desenvolveram um novo curativo com alto potencial para transformar o tratamento de feridas e queimaduras no país. Denominado, a princípio, pelo código CH50BGF, o material apresentou desempenho superior aos curativos usados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A nova bandagem é uma espuma formulada a partir da combinação de dois componentes principais: a quitosana (substância natural obtida a partir de exoesqueletos de crustáceos, aproveitada da indústria pesqueira) e micropartículas de vidro bioativo, um material cerâmico com reconhecida aplicação médica. Em testes de laboratório, o curativo demonstrou ter a capacidade de absorção de líquidos, chegando a 160% em 24 horas – um índice muito superior ao de alternativas comuns, como a gaze, que absorve cerca de 30%. De uso versátil, o novo curativo pode ser aplicado no tratamento de diferentes tipos de lesões, incluindo queimaduras extensas e feridas crônicas. Outro ponto de destaque é o potencial de produção nacional com insumos amplamente disponíveis no Brasil, podendo, assim, reduzir a dependência de materiais importados e trazer economia ao SUS. (Patrícia Scott com informações de Metrópoles)


Perda de neurônios

Foto: Arquivo pessoal

Cinco minutos com a Dra. Ana Rosso

Por Patrícia Scott

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que cerca de 4 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença de Parkinson. E, com o aumento da longevidade e o envelhecimento da população global, esse número pode dobrar até 2040. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sejam afetadas pela enfermidade. A neurologista Ana Rosso, chefe da Unidade de Sistema Nervoso do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Rede Ebserh, fala sobre o tema na seguinte entrevista:

O que é a doença de Parkinson?

É uma condição neurodegenerativa, de progressão lenta, sem cura. É a perda dos neurônios que produzem dopamina, levando ao quadro clínico clássico de tremor de repouso, lentidão de movimentos e rigidez muscular. Outros sintomas podem ocorrer, como depressão, diminuição do olfato e constipação intestinal.

Qual é a sua origem?

Não se sabe, mas a teoria mais aceita atualmente é a de que o paciente teria predisposição genética, não um gene específico, mas uma variação de genes, que, associada a um fator ambiental – seja ele um tóxico, um vírus, uma bactéria –, desencadearia o processo patológico.

A doença atinge mais homens ou mulheres?

Afeta mais os homens, porém o motivo é incerto. Algumas teorias consideram questões hormonais; outras, a maior exposição deles aos tóxicos ambientais ou aos poluentes.

Existe uma idade de início da doença de Parkinson?

A doença de Parkinson clássica começa após os 50 anos. Entretanto, há pacientes jovens e, às vezes, crianças e adolescentes. Nesses casos, há grande chance de eles terem um parkisionismo genético. Clinicamente, este é muito parecido com a doença clássica, mas tem um gene específico. Existem alguns genes que não estão ligados à doença, porém podem provocar maior risco de desenvolver o Parkinson.

Como é realizado o diagnóstico?

Não existe um exame que acuse a doença. Então, o diagnóstico consiste na história do paciente, em exame físico, teste de olfato e ultrassom transcraniano.

Qual é o tratamento indicado?

Com medicamentos para repor a dopamina. Entretanto, com o passar do tempo, alguns pacientes podem apresentar complicações motoras, pois o efeito dos remédios tende a durar menos horas. Nesses casos, há indicação de cirurgia de implante de estimulador cerebral profundo. O procedimento não oferece cura nem dispensa o uso de medicação, mas melhora a resposta do organismo aos medicamentos orais, proporcionando, assim, maior controle dos sintomas da doença.


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