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20/09/2023
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25/09/2023
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Violência generalizada

Foto: Divulgação / Missão Portas Abertas

Manipur é o estado com maior população cristã da Índia, nação do Sul da Ásia de 1,4 bilhão de habitantes. Porém, muitas de suas cidades se tornaram cenário de violentos confrontos entre integrantes das etnias meitei e kuki, causando mais de cem mortes na região. Nos conflitos, cerca de 50 mil pessoas foram forçadas a fugir de suas casas. Os ataques começaram depois que a Suprema Corte instruiu o governo de Manipur a incluir na lista de tribos registradas os meitei, que vivem nas áreas urbanas. O registro lhes garante alguns privilégios – como a reserva de cotas para estudantes –, semelhantes aos de que desfrutam algumas minorias menos privilegiadas, como os kuki, habitantes das áreas remotas das montanhas. Em resposta à determinação, membros das comunidades kuki iniciaram uma onda de protestos. No distrito de Churachandpu, houve confrontos envolvendo 60 mil manifestantes, e, em seguida, os conflitos se estenderam a outros dez distritos do estado, situado no extremo Leste do país.

Embora a motivação inicial tenha sido política, não demorou para que esses eventos se estendessem a questões religiosas. Cristãos das duas etnias sofreram agressões, estupros coletivos e foram assassinados. Alguns tiveram suas casas (foto), propriedades e igrejas danificadas, o que não aconteceu com seus pares seguidores da religião hindu. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas e Al Jazeera)


Sob risco

Foto: Elmer Martinez / AFP

A fome, a falta de oportunidades de trabalho e a perseguição têm feito muitos cristãos deixarem Honduras, nação da América Central de 10 milhões de habitantes. Nos últimos anos, houve um aumento nos ataques contra crentes em Jesus provocados por gangues de criminosos, como a MS-13 (foto), conhecida por seus atos de violência extrema, nos quais os integrantes matam as vítimas com golpes de facões. Esses grupos representam uma ameaça constante para qualquer um que desobedeça às regras impostas por eles, especialmente os servos do Senhor, que se recusam a participar de atividades ilegais.

As mulheres cristãs vivem sob risco ainda maior: somente em 2022, foram 240 mortes violentas. De acordo com a Missão Portas Abertas, os pastores hondurenhos vivem em permanente tensão, temendo que as filhas deles, alvos preferidos dos bandidos, sejam sequestradas, usadas como prostitutas ou vendidas nos leilões de tráfico humano. Tais ações violentas são uma represália ao trabalho que os pregadores realizam e uma forma de pressioná-los a interromper as atividades missionárias nos territórios dominados pelas facções. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)


Morto por sua fé

Foto: Reprodução / Blog de Wilfred Rugumba

Um jovem de apenas 22 anos, recém-convertido a Cristo, foi brutalmente assassinado por ter abandonado o islã, em Uganda, nação africana de 48 milhões de habitantes. Abudu Amisi vivia no vilarejo de Kasanvu, distrito de Pallisa, no Leste do país, e havia passado seis meses aprendendo sobre o cristianismo. Ao final desse período, ele entregou sua vida a Jesus. O rapaz era conhecido pela comunidade islâmica local e, por isso, temia ser morto. A igreja o hospedou em uma casa alugada, e ele permaneceu escondido por duas semanas, informou uma fonte, cuja identidade foi preservada por questões de segurança.

Em 8 de julho, Amisi foi comprar alimentos com dois irmãos da igreja em uma cidade vizinha. Ao entrar no mercado, foi reconhecido por um muçulmano de sua aldeia. Após as compras, um grupo de homens cercou o jovem e passou a insultá-lo, chamando-o de traidor do islã, e o atacou em seguida com golpes de facão. Abudu Amisi chegou a ser socorrido, mas, devido à gravidade dos ferimentos e à grande perda de sangue, morreu a caminho do hospital. As leis de Uganda garantem total liberdade religiosa, no entanto os muçulmanos residentes no país, embora sejam minoria da população (13%), têm assumido uma postura bastante radical contra os que abraçam a fé cristã (foto). (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)


Na clandestinidade

Foto: Reprodução / YouTube / Kabul Friend

Desde que os Estados Unidos se retiraram do Afeganistão, em 2021, as liberdades religiosas e civis se deterioraram rapidamente nesse país asiático de 39 milhões de habitantes. Muitos cristãos passaram a viver na clandestinidade a fim de evitar serem presos e torturados pelo Talibã (foto). As casas dos suspeitos são invadidas sem aviso pelas forças de segurança extremistas, e os crentes, ameaçados.

A pobreza e a fome crescentes são um risco ainda maior para os cristãos, já que o Talibã oferece compensação financeira a quem denunciá-los. Há também diversas milícias ligadas ao governo de Cabul que sequestram os servos de Cristo e exigem resgate. Se não for feito o pagamento, os reféns são submetidos a torturas e podem ser assassinados. No entanto, se a quantia exigida é paga, as vítimas precisam fugir de suas casas para evitar novos atentados.

Em contrapartida, o aumento da pobreza, a brutalidade do Talibã e a repressão às liberdades estão deixando muitos muçulmanos afegãos insatisfeitos com a religião que professam. Alguns estão se aproximando do cristianismo e, apesar dos perigos, são alcançados pelo Evangelho. (Élidi Miranda, com informações de International Christian Concern – ICC)


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