Falando de História – 287
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10/07/2023COMPARTILHE
A cura do rei
Quase 3 bilhões de pessoas – um terço da população global, hoje estimada em 8 bilhões de habitantes – ainda não têm acesso ao Evangelho. Inúmeros indivíduos vivem em regiões remotas do planeta e não possuem uma versão da Bíblia traduzida na língua materna deles. Muitos outros falam idiomas ágrafos (que não têm forma escrita). É o caso de diversas comunidades tribais do Chade (foto), país do Centro-Norte da África de 18 milhões de habitantes. Lá, vários missionários trabalham na tradução de histórias bíblicas apresentadas por meio de programas audiovisuais.
Em uma tribo particularmente violenta, que já havia rechaçado outras tentativas de evangelização, algo inusitado aconteceu. Um grupo de obreiros foi até os nativos para mostrar a eles as histórias que haviam produzido, a fim de saber se a tradução estava correta. Seguindo o costume local, os evangelizadores deveriam ir primeiro ao chefe tribal, o rei. Entretanto, o homem estava muito doente. Ao saber disso, um dos missionários perguntou aos servos daquele monarca se poderia falar com ele. Tendo a permissão, passou a explicar-lhe o Evangelho. O soberano daquele povo aceitou Jesus e, dias depois, estava curado. Agora, com a saúde restabelecida, o rei é acompanhado pelos missionários que o visitam periodicamente para que sua fé permaneça firme em Cristo. (Élidi Miranda, com informações de Mission Network News)
Horrores da ditadura
Um bebê de apenas dois anos foi condenado à prisão perpétua na Coreia do Norte, nação asiática de 26 milhões de habitantes, porque na casa em que residia com os pais havia uma Bíblia. O caso aconteceu em 2009, mas consta na mais recente edição do Relatório sobre Liberdade Religiosa do Departamento de Estado norte-americano. O documento registra casos de intolerância religiosa no planeta e norteia políticas do governo de Washington em relação aos países que violam direitos de liberdade de crença.
Segundo os dados, aproximadamente 70 mil cristãos e seguidores de outras religiões estão presos na Coreia do Norte apenas em razão da fé que professam. As autoridades daquele país incentivam e autorizam apenas o culto ao ditador Kim Jong-un (foto) e aos seus antepassados. O documento revela que existem igrejas secretas isoladas dentro do território norte-coreano, mas assinala que é quase impossível mapeá-las devido ao risco para esses crentes. (Élidi Miranda, com informações de Fox News e Radio Free Asia)
País de fé
A maioria dos brasileiros (89%) acredita em Deus ou em um poder maior. A informação consta no levantamento Religião Global 2023, realizado pela Ipsos, organização internacional especializada em pesquisa de opinião e mercado. Em comparação com outros países, o Brasil ficou em primeiro lugar, junto com a África do Sul (89%), seguido da Colômbia (86%). A média global de pessoas que creem em Deus é de 61%. No extremo oposto do ranking, aparecem Holanda (40%), Coreia do Sul (33%) e Japão (19%).
O Brasil também é o primeiro colocado (90%) quanto à crença de que Deus ou forças maiores são capazes de ajudar as pessoas a superar crises, como doenças, conflitos e desastres. Colômbia e África do Sul ocupam o segundo lugar, ambas com 89%. Já a Suécia (56%), a Coreia do Sul (50%) e o Japão (37%), são os que menos acreditam dessa forma.
Muitos brasileiros se autodenominam religiosos (76%). Destes, 70% são cristãos. Entretanto, o país mais religioso do mundo é a Índia (99%), seguida de Tailândia (98%) e Malásia (94%). A pesquisa, realizada em 26 países, contou com respostas de 19.731 entrevistados – sendo três mil do Brasil – e coletou dados de 20 de janeiro a 3 de fevereiro de 2023. (Élidi Miranda, com informações de Ipsos)
Publicação condenada
Por causa de uma postagem feita em uma rede social, Tariq [nome fictício], um jovem cristão de 22 anos, está preso há quase dois, no Egito, país do Nordeste da África de 109 milhões de habitantes. Apesar das restrições impostas a cidadãos não muçulmanos, o rapaz, ávido por propagar sua fé em Cristo, criou uma página no Facebook a fim de evangelizar, de maneira discreta, sem infringir a Lei. Tudo corria bem até ele dar uma resposta, interpretada como ofensa ao islã, a um interlocutor muçulmano por meio da plataforma.
Por esse motivo, Tariq foi detido e, durante oito dias, passou por diversas sessões de tortura enquanto estava sob a custódia do Departamento Nacional de Segurança egípcio. Os oficiais queriam que ele negasse Jesus e abraçasse o islamismo. Como se recusou a fazê-lo, o servo de Deus foi indiciado por menosprezo à religião islâmica. O caso aconteceu em 2021, e, em fevereiro de 2022, o rapaz foi condenado a dois anos de prisão. Segundo fontes locais, o julgamento não seguiu o devido processo legal. Ainda assim, Tariq foi considerado uma ameaça à segurança pública. Depois de muitas apelações, o pai do jovem entrou com um pedido de perdão ao governo, que foi aceito pelo primeiro-ministro Mostafa Madbouly (foto). Tariq deve ser solto em breve. (Élidi Miranda, com informações de Global Christian Relief)