Heróis da Fé – 284
30/03/2023Família – 286
10/05/2023COMPARTILHE
Vilarejos destruídos
Ataques contra cristãos no estado de Chhattisgarh, na região central da Índia, nação asiática de 1,39 bilhão de habitantes, deixaram mais de dois mil e quinhentos crentes em Jesus desabrigados. Foram destruídos vilarejos cristãos inteiros, situados em áreas rurais daquele estado. Sequer tive tempo de fechar a porta da minha casa antes de fugir para a floresta, informou uma das vítimas. Centenas de residências foram saqueadas e vandalizadas, e muitos servos de Deus sofreram agressões físicas e tiveram de ser hospitalizados.
Chhattisgarh é um dos 11 estados indianos a adotar leis anticonversão, as quais têm servido para fomentar atos de violência contra os seguidores de Cristo. E, se por um lado, as investidas são cada vez mais cruéis, por outro, os agressores contam com a anuência das autoridades, que nada fazem para defender as vítimas. O governo de Nova Déli, comandado pelo primeiro-ministro Narendra Modi (foto), do partido ultranacionalista Bharatiya Janata, adota uma ideologia pró-hinduísmo que estimula, ainda que indiretamente, ações violentas de grupos extremistas contra todas as minorias religiosas. (Élidi Miranda, com informações de International Christian Concern – ICC)
Pregação e perseguição
Um pastor foi violentamente espancado após ter levado 37 muçulmanos a Cristo em Uganda, nação da África Oriental de 42 milhões de habitantes. Arthur Asadi Babi, 42 anos, um dos pregadores de uma igreja de Nakaloke, cidade localizada no leste do país, havia sido convidado por um xeque (líder muçulmano) para participar de um debate religioso na mesquita local. Em sua apresentação, o pastor, que é egresso do islã, usou a Bíblia e o próprio Corão – livro sagrado dos muçulmanos –, para mostrar que Jesus é o Filho de Deus e o único caminho para o Pai.
Ao final de sua explanação, Arthur fez um apelo, questionando quem, entre os presentes, cria que Cristo era o Salvador. Para a sua surpresa, 29 adultos e 8 crianças entregaram-se ao Senhor naquele momento. Contudo, a ira dos demais se acendeu contra o pastor e os convertidos, que foram espancados, atacados com pedaços de madeira e apedrejados. Arthur Babi foi hospitalizado com vários ferimentos, incluindo fraturas em uma das pernas e em uma das mãos. Apesar de os muçulmanos serem minoria em Uganda – representam apenas 14% da população –, grupos extremistas islâmicos têm provocado muitos episódios violentos, principalmente no Leste do país. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)
Casamento forçado
No Paquistão, nação asiática de 243 milhões de habitantes, uma adolescente cristã chamada Sitara Arif (foto), 15 anos, foi sequestrada e obrigada a se casar com um muçulmano de 60. Ela trabalhava como empregada doméstica para o sequestrador e a esposa dele. Em dezembro, depois de a jovem não ter retornado para casa após o expediente, seus pais foram a uma delegacia do distrito de Punjab, no Norte do país, a fim de reportar o desaparecimento dela, mas foram expulsos do local.
Somente por meio da interferência de uma organização de defesa dos direitos humanos, as autoridades tomaram alguma providência quanto ao caso. A família suspeitava de que Sitara estivesse em poder do patrão. Quando a primeira diligência foi realizada na casa em que ela trabalhava, os policiais não encontraram a garota nem o homem. Estava apenas a esposa, a qual se limitou a mostrar aos agentes a certidão de casamento do marido com a adolescente. Até o fechamento desta edição, os pais continuavam sem notícias do paradeiro da filha. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)
Menos liberdade
Em 2022, o número de casos de violações à liberdade religiosa mais que dobrou em Cuba, país caribenho de 11 milhões de habitantes. A informação consta em um relatório produzido pela organização britânica Christian Solidarity Worldwide (CSW, sigla em inglês de Solidariedade Cristã Mundial). De acordo com o documento, foram registradas 657 violações desse tipo em 2022, contra 272 no ano anterior. A CSW afirma que os números de 2021 seriam ainda maiores se os observadores da instituição não tivessem deixado o país após sofrerem ameaças e agressões.
Segundo a CSW, as violações à liberdade religiosa contra os cubanos incluem: ataques por meio de mídias sociais, agressões físicas, impedimento de participação em cultos religiosos, restrições ao direito de viajar, prisões arbitrárias e até confisco de propriedades. A situação da liberdade religiosa e de crença se deteriorou novamente em Cuba em 2022 e, sem um significativo esforço concentrado de intervenção internacional, a tendência é de que isso continue ao longo de 2023, informou Anna-Lee Stangl, representante do departamento legal da Christian Solidarity Worldwide. (Élidi Miranda, com informações de The Baptist Paper)