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Postos em liberdade

Foto: Michael Starkie / Unsplash

O Sudão, nação de 47 milhões de habitantes, e o Sudão do Sul, país de 11 milhões de cidadãos, são exemplos de lugares onde milhares de indivíduos ainda são submetidos à escravidão. Lá, associações não governamentais buscam mudar essa realidade. Uma delas é a organização humanitária norte-americana Solidariedade Cristã Internacional (CSI, a sigla em inglês), que atua há 27 anos na região, ajudando pessoas a recuperar a liberdade. Para tanto, a instituição compra – literalmente – aquelas que são escravizadas para, em seguida, libertá-las.

A localidade abriga diferentes grupos étnicos, alguns rivais entre si. Por isso, geralmente, homens e mulheres feitos escravos são capturados em seus vilarejos por integrantes de milícias formadas por membros de outras etnias. Abour Boi Akec, uma mulher de 40 anos, foi retirada à força de sua aldeia no Sudão do Sul havia duas décadas. Os traficantes que a raptaram eram de origem árabe. Ela permaneceu em cativeiro no Sudão até ser “comprada” por um representante da CSI. Depois de serem postas em liberdade, pessoas como Abour são encaminhadas às suas aldeias de origem e recebem um saco de cereais e uma cabra para lhes prover leite, itens essenciais de subsistência naquela terra. (Élidi Miranda, com informações de Christian Solidarity International – CSI)


Ranking anual

Um em cada sete cristãos é perseguido por sua fé. É o que mostra a Lista Mundial da Perseguição 2022, elaborada pela Missão Portas Abertas de outubro de 2020 a setembro de 2021. São 360 milhões de cristãos vivendo sob perseguição – um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior e o maior número já registrado desde que a lista foi elaborada pela primeira vez, há 29 anos. Esse ranking anual reúne os 50 países mais perigosos para um cristão viver.

Atualmente, o Afeganistão ocupa o primeiro lugar por causa da violência dos extremistas islâmicos. Essa posição era ocupada havia 24 anos pela Coreia do Norte, país que sofre há sete décadas sob uma pesada ditadura socialista, e agora ocupa o segundo lugar. Na terceira posição, está a Somália, seguida de Líbia, Iêmen, Eritreia, Nigéria, Paquistão, Irã e Índia. (Élidi Miranda, com informações de Guiame e Missão Portas Abertas)


Prisão injusta

A intolerância religiosa continua a ser notícia em diversas regiões do México, país da América Central de 130 milhões de habitantes. Recentemente, três evangélicos foram presos por se recusarem a contribuir financeiramente para a realização de um festival religioso que mistura elementos do catolicismo e da cultura local. O caso aconteceu no vilarejo de San Pedro Chimaltepec, no estado de Oaxaca, no Sul do país. Os três homens ficaram incomunicáveis, mas foram libertados depois de uma organização mexicana de direitos humanos apelar a instâncias superiores. Afinal, à luz da legislação vigente no México, os evangélicos não cometeram nenhum crime. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News)


Crime em família

Foto: Reprodução / Africa Press

Em Uganda, nação situada na África Oriental de 45 milhões de habitantes, uma mulher e seus dois filhos foram enforcados após ela passar a frequentar uma igreja evangélica. O principal suspeito do triplo homicídio é o marido e pai das crianças, que é muçulmano. O crime aconteceu no distrito de Kayunga (foto), na região Central do país.

Na véspera dos assassinatos, o suspeito, Hamidu Kasimbi, foi até a igreja onde sua esposa, Shamira Nakato, 27 anos, estava com os filhos do casal. Ele a tirou à força da reunião e a espancou na presença das crianças perto do local do culto. No dia seguinte, vizinhos ouviram gritos vindos da casa da família e notaram que dois homens, usando gorros islâmicos, estavam construindo algo com madeira. Eram as forcas. Horas depois, um amigo da família encontrou os corpos de Shamira e de seus dois filhos, de três e oito anos, pendurados naquelas estruturas. Não se tem notícia do paradeiro de Hamidu. (Élidi Miranda, com informações de Christian News)


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