Entrevista | Pra. Thaís Benevente
01/03/2020Heróis da Fé | Jarena Lee
01/03/2020Ranking internacional
A Missão Portas Abertas divulgou recentemente a Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2020 (foto). Trata-se de um ranking anual em que são elencados os 50 países do globo nos quais seguir Cristo pode resultar em discriminação, violência, prisão e morte. Mais uma vez, a ditadura socialista da Coreia do Norte ostentou o nada honroso primeiro lugar, seguida de Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia, Sudão, Iêmen, Irã e Índia.
A lista é elaborada por pesquisadores da missão, os quais avaliam, com base em diversos critérios, o nível de intolerância à fé cristã em cada nação. Três países entraram no ranking pela primeira vez este ano: Burkina Faso (28º), onde 50 cristãos foram assassinados em 2019, Camarões (48º) e Níger (50º), regiões em que o radicalismo islâmico tem ganhado força. Segundo a LPM, 260 milhões de cristãos enfrentam níveis extremos de perseguição atualmente. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)
Professores assassinados
Não podemos permitir que infiéis ensinem nossas crianças. Após proferirem essas palavras, integrantes do grupo terrorista somali Al-Shabaab executaram, em janeiro, três professores cristãos na cidade de Kamuthe, no Leste do Quênia. Os rebeldes invadiram as dependências de um colégio interno e retiraram os docentes à força do alojamento onde dormiam às 2h30 da madrugada. Alguns conseguiram fugir, mas os três capturados foram mortos por serem cristãos. O Al-Shabaab sabia onde eram nossos dormitórios. O ataque foi bem planejado. Foi uma conspiração entre o Al-Shabaab e a comunidade muçulmana local, denunciou uma fonte à agência de notícias Morning Star News (MSN).
O Quênia é um país do Leste da África com 48 milhões de habitantes e majoritariamente cristão (83%). Apesar disso, especialmente no Norte e no Leste do país, as comunidades cristãs têm sido alvos de ataques de extremistas ligados ao Al-Shabaab. (Élidi Miranda, com informações de Morning Star News e Missão Portas Abertas)
Próxima década
O trabalho de tradução das Escrituras enfrentou, nos últimos anos, grandes desafios, entre eles a intensificação da perseguição religiosa em várias partes do planeta. Muitos governos, especialmente aqueles que seguem algum tipo de orientação religiosa, estão em uma escalada de tensão com o Ocidente e com o resto do mundo, analisou Bruce Smith (foto), presidente da Wycliffe Associates, uma organização norte-americana especializada em tradução da Bíblia.
Mesmo sofrendo tal oposição, a Wycliffe, valendo-se de tecnologia e de tradutores voluntários, está preparando-se para iniciar 400 novos projetos de tradução do Livro Santo para idiomas minoritários. São línguas que não possuem as Escrituras Sagradas e que, graças à tradução mais rápida e acurada dos dias atuais, deverão ganhar as primeiras porções bíblicas na próxima década. (Élidi Miranda, com informações de Mission Network News – MNN)
Altamente intolerantes
A liberdade religiosa é um direito garantido pelas leis da Etiópia, país do Norte da África de 108 milhões de habitantes. Contudo, em terra etíope, seguir Cristo pode significar sofrer duras perseguições. Tanto o governo quanto a Igreja Ortodoxa Etíope são altamente intolerantes aos cristãos de outros segmentos religiosos. Há pouco tempo, as autoridades invadiram uma reunião da Fraternidade Evangélica de Estudantes (IFES, a sigla em inglês), na cidade de Debark, no Norte do país. Vários jovens e líderes cristãos presentes ao encontro foram detidos e só foram liberados depois de assinar um compromisso de não se reunirem naquele município novamente. A Igreja Ortodoxa em Debark é considerada um território sagrado, por isso as reuniões evangélicas ou mesmo a presença de crentes não é algo bem-vindo lá. Em maio de 2019, as autoridades determinaram que todos os habitantes evangélicos desse local fossem embora. Os moradores, contudo, recusaram-se a deixar as casas e lutam na Justiça pelo direito de permanecer na cidade. (Élidi Miranda, com informações de Evangelical Focus)