Minha Resposta – 287
01/06/2023Cultura & Cristianismo
15/06/2023Perigo crescente
A incidência de câncer colorretal (foto ilustrativa) entre adultos jovens vem aumentando nos últimos anos. Um estudo recente, publicado pela American Cancer Society (Sociedade Americana de Câncer), mostrou que nos Estados Unidos um em cada cinco casos de tumor dessa natureza ocorre em pessoas com menos de 55 anos. Em 1995, essa proporção era de um em cada 10 casos. A mudança levou os serviços de saúde norte-americanos a alterarem os protocolos de prevenção da doença. Assim, passaram a recomendar que as pessoas fizessem exames anuais para identificar esse tipo de câncer aos 45 anos e não mais aos 50 anos. Indivíduos que apresentam fatores de risco, como histórico da enfermidade na família, precisam começar a se cuidar ainda mais cedo. As causas dessa tendência ainda são desconhecidas, mas os cientistas acreditam que algumas condições genéticas e ambientais podem estar por trás desse crescimento.
Esse é o terceiro tipo de tumor maligno mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Estima-se o surgimento de 41 mil novos casos anualmente no país. A princípio, a doença pode não apresentar sintomas, mas é preciso estar atento às mudanças nos hábitos intestinais: diarreia, constipação ou estreitamento das fezes, sensação de não se sentir aliviado após evacuar, sangramento retal ou sangue nas fezes – o que pode fazer com que elas pareçam marrom escuras ou pretas –, cólicas ou dor abdominal, fraqueza, fadiga e perda de peso não intencional. (Élidi Miranda, com informações de Invitrocue Brasil)
Tratamento gratuito
O Brasil tem altos índices de tuberculose (foto), apesar de o tratamento estar disponível há décadas no Sistema Único de Saúde (SUS). O país ocupa o 17º lugar entre as 22 nações responsáveis por 82% dos casos da doença no mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), existem hoje quase 9 milhões de portadores da enfermidade no planeta. Acredita-se também que um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis – agente causador da maioria dos casos de tuberculose – e, portanto, corre o risco de desenvolver a moléstia.
A alta incidência de pessoas infectadas no Brasil se deve a problemas sociais, como a falta de acesso à saúde, má nutrição, condições de vida inadequadas, além da coinfecção com o HIV (o vírus da aids). Entretanto, a tuberculose tem cura, desde que seja tratada precocemente.
A ajuda médica deve ser solicitada se houver a presença dos seguintes sintomas: tosse persistente por mais de duas semanas, febre, sudorese noturna, perda de peso e cansaço. O tratamento consiste basicamente na administração de antibióticos específicos, por um período mínimo de seis meses, que podem ser retirados gratuitamente nos postos de saúde. (Élidi Miranda, com informações de Comunicação Sem Fronteiras)
Problemas na pele?
Cinco minutos com o Dr. Javier Ricardo Carbajal Lizárraga
Por Élidi Miranda
As doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico ou algum componente dele reage contra outras partes do organismo. Nesse ataque, diversas áreas do corpo podem ser atingidas, incluindo a pele, as glândulas, o sistema nervoso, o sangue, o intestino, os olhos, os rins, os pulmões e as articulações. Nesta entrevista, o médico imunologista Javier Ricardo Carbajal Lizárraga explica essa condição ao afetar a pele, o maior órgão do corpo humano.
Como surgem as doenças autoimunes?
Não sabemos exatamente o motivo. A teoria mais aceita atualmente é a de que o sistema imunológico, após ser exposto a um antígeno, escolhe como alvo para a produção de anticorpos uma proteína semelhante a outra já existente no organismo.
A psoríase está entre as principais condições autoimunes que afetam a pele. Quais são seus principais sintomas?
Geralmente, a psoríase começa pela concentração de citocinas inflamatórias em diversos locais do organismo, como as artérias, o fígado, os ligamentos, os tendões e a pele, ocasionando o aparecimento das clássicas lesões cutâneas, que comprometem consideravelmente a aparência, a autoestima e a qualidade de vida dos pacientes.
Quais são os tratamentos disponíveis para a psoríase?
Ainda hoje, o tratamento é precário, feito apenas com cremes e pomadas anti-inflamatórias para diminuir a coceira e manter a pele hidratada. Mas o sucesso no cuidado da psoríase deve ir além da pele. É necessário que o especialista avalie o estado imunológico da pessoa para direcioná-la a um tratamento personalizado, que deve incluir um profundo conhecimento dos mecanismos imunológicos da doença e da condição do paciente.
O lúpus também é uma doença autoimune que compromete a pele. Quais são suas características principais?
Trata-se de uma condição inflamatória que ataca múltiplos órgãos e tecidos. Entre eles, a pele, as articulações, os rins e o cérebro. Os sintomas mais comuns são: fadiga, febre, dores nas articulações, rigidez muscular, inchaços, lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao Sol, dificuldade para respirar, sensibilidade à luz solar, dores de cabeça, confusão mental, perda de memória e queda de cabelo.
Qual é a melhor forma de tratar o lúpus?
O tratamento é realizado de acordo com os sintomas de cada paciente. A maioria das terapias atuais visa melhorar a qualidade de vida da pessoa por meio da introdução de hábitos saudáveis, que incluem mudanças na dieta e proteção contra o Sol. Anti-inflamatórios e esteroides também são indicados. O ideal é que se procure um médico assim que os primeiros sintomas surgirem.
É possível evitar o surgimento dessas e de outras doenças autoimunes?
Elas ocorrem devido ao mau funcionamento do sistema imunológico. Portanto, uma forma eficaz de manter o organismo funcionando corretamente é se manter saudável: cultivar bons hábitos alimentares, praticar atividades físicas, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, o uso de cigarros e controlar o colesterol, a glicose e os triglicerídeos no sangue. No mais, não é possível prevenir o desenvolvimento de doenças autoimunes.