Medicina e Saúde – 253
01/08/2020Falando de História – 254
01/09/2020Solução vegetal
O inhame, rico em vitaminas A e C, pode ser uma alternativa natural ao tratamento dos sintomas da menopausa. Há alguns anos, pesquisas têm mostrado que o tubérculo, tão comum na culinária nacional, pode amenizar os efeitos associados à queda hormonal, uma característica dessa fase da vida da mulher. Ele contém um tipo de estrógeno chamado diosgenina, substância que possui estrutura similar ao estrogênio humano, utilizada como matéria-prima para a fabricação de pílulas anticoncepcionais.
Embora o corpo não seja capaz de transformar a diosgenina exatamente em estrógeno, diversos estudos demonstram que consumir inhame diariamente minimiza sintomas desagradáveis, como fogachos, desordens do sono, dor nas articulações, instabilidade de humor e cefaleias. Além disso, a longo prazo, pode reduzir o risco de doenças acarretadas pela menopausa, como osteoporose, hipertensão e depressão. Para obter os benefícios, basta inseri-lo nas refeições, cozido, ou utilizar as cascas para fazer chá. (Élidi Miranda, com informações de O Temp
Motivado pelo estresse
O bruxismo, caracterizado pelo ranger dos dentes geralmente durante o sono, é desencadeado pela ansiedade e pelo estresse acumulados ao longo do dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% dos brasileiros têm esse distúrbio relacionado a alterações do nível de cortisol, o hormônio do estresse.
Se não for tratada de maneira adequada, tal disfunção pode causar dores de cabeça, zumbido no ouvido, desgastes e fraturas nos dentes, retração gengival, lesões de língua e mucosa oral, entre outros efeitos indesejáveis. Para tornar menos intenso o impacto dessas complicações, o dentista deve ser consultado. Ele é o profissional capaz de orientar determinadas medidas, a fim de controlar o problema. Entre elas, receita-se o uso de protetores dentários para ajudar a conter a dentição. (Élidi Miranda, com informações da agência de relações públicas Antonia Maria Zogaeb)
Dor tecnológica
Cinco minutos com o
Dr. Cezar de Oliveira
POR ÉLIDI MIRANDA
O uso contínuo de aparelhos celulares tem feito aumentar o número de ocorrências de dor de cabeça relacionada a problemas na coluna cervical. Estima-se que 15% a 20% dos casos de cefaleia recorrente tenham essa origem. Nesta entrevista, o neurocirurgião Cezar Augusto Alves de Oliveira, especialista em coluna e chefe de neurocirurgia do Hospital Sírio e Libanês, em São Paulo (SP), fala a respeito desse assunto.
Como esse tipo de cefaleia se instala e quais são suas principais causas?
O vício de postura hoje é muito comum, pois todos usam celular com bastante frequência. A pessoa inclina a cabeça para baixo, para olhar a tela, e pode passar longos períodos nessa posição. Assim, não percebe que essa postura exerce uma pressão sobre a coluna cervical. Isso pode provocar danos às estruturas, como desgaste, hérnia e compressão dos nervos, que emitem sinal de dor ao cérebro. As raízes nervosas localizadas entre as vértebras C1 e C3 possuem o mesmo canal que o nervo trigêmeo, o qual se estende até a face, nas regiões ocular, mandibular e maxilar. Dessa forma, quando os nervos da cervical C1 e C3 sofrem algum dano ou compressão, podem irradiar sua dor para a região do trigêmeo.
Quais são os sintomas mais comuns?
O incômodo se inicia com uma pressão forte na cabeça e na região da nuca, e irradia para o lado. Ela não tem uma característica pulsátil: normalmente, é mais como uma pressão contínua.
Como é feito o diagnóstico?
Tudo começa por um bom exame clínico. O médico busca saber quem é o paciente, como ele conduz o seu dia a dia. Associado a isso, pode pedir tomografia de crânio ou ressonância, para descartar problemas intracranianos, e solicitar raios X ou uma ressonância da coluna cervical. Nesses casos, o profissional precisa examinar também alterações na postura para mordida e na fala.
Quais são os tratamentos possíveis?
A escolha dependerá do diagnóstico. Gosto de indicar uma mudança de hábitos aos pacientes, com orientações para a correção postural, com a possibilidade de fisioterapia, aliada a analgésicos simples. Pode ocorrer uma associação de dor da parte bucomaxilo com a da coluna cervical, e isso resulta em cefaleias intensas. Portanto, é necessário o acompanhamento de um ortodontista. Para situações mais graves, há opções de infiltração de medicamentos no local afetado. Nos quadros crônicos, será preciso intervir nos nervos para interromper o sinal de dor.