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Superando a perda

Depois de conhecer o Evangelho, patrocinadora consegue vencer a depressão causada pela morte da mãe

Por Evandro Teixeira

E m dezembro de 2010, a manicure Wilma Vitória de Morais Araújo, 48 anos, enfrentou a maior crise de sua vida: a perda de sua mãe, Maria de Lourdes Morais. Dona de casa, serva do Senhor, mulher de bons conselhos, sempre pronta a ajudar a todos – não apenas se restringindo a filhos e parentes, faleceu vítima de infarto, aos 61 anos. Wilma, na época com 36 anos, morava com os pais, o companheiro, o segurança Francisco Canindé de Araújo, hoje com 55 anos, e a filha do primeiro casamento dela, Whadsar Juliana Morais dos Santos, 29.

Para Wilma Vitória, a mãe era seu porto seguro, e perdê-la foi traumático. O luto se prolongou por meses. Era como se houvesse uma ferida aberta em seu coração. “Podia contar com a minha mãe em todos os momentos. A ausência dela deixou um enorme vazio em mim”, recorda-se.

Esse sentimento aumentava todas as vezes que Wilma entrava em casa. A saudade se intensificava, por saber que não voltaria mais a ver a pessoa que tanto amava. Por isso, a fim de evitar essa sensação desagradável, ela andava pelas ruas de Natal (RN), por um longo período de tempo, sempre que saía do trabalho. Sua função era de auxiliar de serviços gerais e, mesmo estando horas em pé durante o dia, preferia caminhar sem rumo a ter de voltar logo para seu lar e sofrer ainda mais.

Entretanto, aquele comportamento não ajudou muito, uma vez que, em algum momento, tinha de retornar. Ela entrou em depressão. De janeiro a abril de 2011, ficou angustiada. Negligenciava a atenção ao companheiro e à filha, Whadsar, que, na época, tinha 17 anos, e sentia falta do carinho materno. A forma como Wilma agia também deixou em alerta os demais parentes. “A morte de minha mãe fez com que eu perdesse o sentimento de laço familiar.” Seu pai, Antônio de Morais Filho, hoje com 76 anos e em outro casamento, várias vezes, teve de amparar a filha emocionalmente. Chegou a sugerir que ela procurasse ajuda especializada e tomasse alguma medicação. “Quem resolveu minha situação foi o Médico dos médicos”, testemunha a manicure.

 
Wilma Vitória de Morais Araújo, com sua filha Whadsar Juliana Morais dos Santos e seu marido, o segurança Francisco Canindé de Araújo: várias bênçãos

Certo dia, em suas andanças sem propósito, Wilma passou pela sede estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Natal (RN). Era abril de 2011. O templo estava aberto, porém não havia culto. Aquele era um ambiente familiar para ela. Como sua mãe era evangélica, ela estivera em alguns cultos na igreja frequentada por dona Maria de Lourdes. Wilma aproveitou para entrar e se sentar por um momento, pois já estava cansada de tanto andar. Assim que se acomodou, uma obreira se aproximou e, gentilmente, conversou com ela sobre a Palavra de Deus. “Não lembro o nome daquela serva do Senhor nem exatamente o que falou. Mas, depois de nossa conversa, decidi voltar para participar do culto”, lembra-se.

Cinco meses haviam transcorrido desde a perda da mãe. Wilma notou que, a partir daquele culto, a ferida do luto tinha começado a fechar. Assim, aos poucos, foi vencendo a depressão e preenchendo, com muitas orações, o vazio. Com isso, os relacionamentos com o marido e a filha melhoraram. À medida que ia conhecendo a Palavra, entendia que apenas Jesus poderia tornar sua vida mais completa. “Percebi também que precisava me esvaziar de mim mesma, compreender melhor a soberana vontade de Deus e senti-Lo de verdade ao meu lado.”

Dificuldades superadas – Apesar de frequentar de maneira regular as reuniões da Igreja, Wilma ainda não havia aceitado Jesus publicamente. Isso aconteceu quando ela se viu curada durante um culto no qual o Missionário R. R. Soares ministrou a Palavra. “Quando ele perguntou quem queria entregar a vida a Jesus, eu e meu marido fomos à frente”, relata a manicure. Em setembro de 2011, foram batizados nas águas e, em julho de 2012, oficializaram a união.

 
A manicure Wilma Vitória de Morais Araújo, com seu material de trabalho: momento de estabilidade financeira

Mesmo antes do batismo, Wilma e o marido já haviam se tornado dizimistas, ofertantes e patrocinadores. Desde que assumiram esses compromissos, eles têm experimentado várias bênçãos. Os dois não tiveram filhos e vivem um momento de estabilidade financeira. Não pagam aluguel e moram felizes na casa dos pais de Wilma. A mesma residência para a qual, antes de conhecer o Salvador, ela sentia imensa tristeza ao voltar. Após a conversão, todas as dificuldades relacionadas ao luto pela perda de sua mãe foram superadas.

Agora, Wilma busca outros dois milagres: a conversão da filha e de seu pai. “Espero ainda dizer que eu e minha casa servimos ao Senhor.” Mesmo assim, por ser uma fiel colaboradora da obra de Deus, a manicure acredita que suas bênçãos têm recaído sobre a filha, que é professora, está casada e tem apartamento próprio. “É uma bênção morar naquilo que é nosso”, ressalta Wilma. Ela também considera uma graça do Senhor ser membro da IIGD e patrocinar esse trabalho porque, além de espalhar o Evangelho pelo mundo, é uma Igreja que mantém as portas abertas aos necessitados. Algo que, no seu caso, foi fundamental para conhecer o Evangelho. “Se não fosse por isso, hoje eu não estaria dando o meu testemunho”, conclui.


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