Heróis da Fé | David Brainerd
05/12/2022
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30/12/2022
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Foto: Arquivo pessoal

Relato literal

Cientista cristão mostra que descobertas recentes confirmam as verdades contidas em Gênesis

Por Patrícia Scott

“A ciência tem se convertido à Palavra de Deus, a qual é infalível.” A frase é do doutor em Química e pesquisador, Marcos Nogueira Eberlin, 63 anos, membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e ex-professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Graduado em Química em 1982 pela UNICAMP, onde também concluiu o mestrado (1984) e o doutorado (1988), tendo cursado ainda pós-doutorado na Universidade de Purdue, em West Lafayette, Indiana (EUA), em 1991, Eberlin salienta que a fé não é anulada pela ciência. “Esta aproxima o indivíduo de Deus. Os atributos invisíveis do Senhor são vistos claramente pela observação e pelo estudo da natureza”, afirma ele, parafraseando Romanos 1.20.

Membro-fundador e participante do comitê executivo da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas e da Fundação Internacional de Espectrometria de Massa, o estudioso assegura que “a Bíblia é o único relato científico sobre a origem de todas as coisas que tem testemunha ocular: o próprio Deus” e aponta que Gênesis é um livro literal e repleto de cientificidade. “Não há alegorias ou figuras de linguagem. É um registro coerente. Aproximadamente, 99,8% dos verbos e das palavras presentes em Gênesis são usadas no hebraico para descrições técnicas”, argumenta ele, que, em 2005, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, medalha concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras em reconhecimento às suas contribuições e técnicas para o desenvolvimento científico no Brasil.

Nesta entrevista à Graça/Show da Fé, Marcos Eberlin, membro da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo (SP), fala sobre as descobertas da razão relacionadas a diversos fatos bíblicos.

A Bíblia e a ciência usam a mesma linguagem?

Sim, mas a Bíblia expõe a ciência para um público que desconhece detalhes científicos aprofundados. Por exemplo, as Escrituras Sagradas afirmam que o Sol nasce e se põe. Isso é uma ciência para o observador terrestre. Dos elementos da Terra, Deus criou o homem, e essa é uma informação para cientistas amadores.

Há achados científicos que evidenciam o Gênesis?

Inúmeros. Um deles é o Dilúvio global. As camadas sedimentares, que se propagam por vastas extensões, são provas disso. Elas estão todas uniformes, paralelas, alinhadas, sem sinais de erosão e corrosão. Isso significa que uma catástrofe mundial misturou terra e lama, depositadas rapidamente. Muitas delas estão abarrotadas de fósseis. As evidências do registro fóssil mostram que o Dilúvio é verdadeiro: 95% dos animais são marinhos, distribuídos sobre os continentes, e 75% deles foram cobertos por sedimentos. Trata-se de uma ordem de deposição que se parece muito com a grande inundação. O Universo foi feito pronto. As fotos do telescópio espacial James Webb documentam essa verdade.

O livro de Gênesis é científico?

Sim. Há relatos específicos, detalhados e técnicos de como Deus criou o Universo, a Terra e o homem. Ele revela a ordem cronológica e o material utilizado para a criação do homem e da mulher: cada um com características distintas, mas complementares. O livro de Gênesis mostra a cronologia e a genealogia, que nos fornecem a idade aproximada da vida do planeta: seis mil anos. E, com a ciência, podemos investigar as declarações bíblicas sobre a origem humana. Também há galáxias prontas com estruturas do tamanho e da idade que temos hoje. Uma constatação irrefutável de que o Universo foi feito há poucos anos. Caso contrário, as galáxias já estariam envelhecidas. O DNA mitocondrial evidencia que viemos da mesma mulher, a Eva mitocondrial, e o cromossomo Y atesta que descendemos do mesmo homem, do Adão Y. Na realidade, a ciência tem confirmado as declarações científicas de Gênesis.

Então, a Terra é um planeta jovem?

Sim. A Lua se afasta da Terra a 4cm por ano. Ao regredir esse movimento e fazer os cálculos, percebe-se que a Terra não existe há milhões de anos. Se tivesse todo esse tempo, as marés seriam tsunamis, e o planeta não sobreviveria. Os continentes estão se separando, mesmo que de modo mais lento do que no início. Porém, continuam se encaixando perfeitamente. A Terra existe há milhares de anos. Se fossem milhões, seu campo magnético não teria a intensidade atual, pois a corrente magnética diminui com o tempo, o que é natural.

Os dinossauros entraram na Arca de Noé?

Como foram extintos há pouco tempo – não por explosão de um meteoro que colidiu com a Terra, e sim por falta de alimentos e pelo frio pós-Dilúvio –, eles estavam na arca. Há relatos da existência de dinossauros em escritos chineses deixados em cavernas, e existem figuras dos répteis em potes de barro e cavernas na América do Sul. Havia 58 tipos básicos desses animais, que nasciam de ovos e caberiam tranquilamente na arca como filhotes. Muitos, mesmo quando adultos, eram pequenos, do tamanho de uma galinha ou uma ovelha.

A ciência aponta a localização do Éden?

Adão e Eva saíram de um local onde ocorreram migrações e surgiram as grandes civilizações: Babilônia, Egito, Roma e Grécia. Então, traçando a história, imaginamos que essa localização gira em torno do Norte da África, da Armênia, do monte Ararate [na Turquia]. Mas ninguém sabe ao certo, porque é um mundo pré-diluviano, que foi destruído. No entanto, se a arca pousou no Ararate [Gn 8.4], perto da fronteira com a Armênia, é possível que seja a partir dessa região.

Como a ciência deve olhar a Bíblia?

A Escritura Sagrada é o guia. Então, ela corrige relatos científicos. Por exemplo, a teoria da geração espontânea, que prevaleceu por um século, estava errada. A vida foi criada pelo Senhor no princípio. Não houve milhões e milhões de anos de evolução do cosmos. Os planetas não foram formados de poeira cósmica nem as estrelas se formaram de uma nuvem gasosa em expansão. O Altíssimo ordenou, e tudo se fez imediatamente. O mecanismo da criação foi o poder da palavra do Criador.

Marcos Nogueira Eberlin
Doutor em Química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), professor e pesquisador

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