Falando de História – 252
01/07/2020
Comportamento
01/08/2020
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Capa | Aniversário

O Missionário R. R. Soares falando ao povo em evento no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo (SP)

O Missionário R. R. Soares falando ao povo em evento no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo (SP)
Foto: Arquivo Graça / Emerson Nascimento

“40 ANOS DE LUTAS”

Igreja Internacional da Graça de Deus completa quatro décadas anunciando a mensagem de Cristo a todas as regiões do Brasil e do mundo

Por Patrícia Scott

Em 1980, as igrejas evangélicas formavam uma pequena parcela da população nacional (apenas 6,6% de um total de 120,7 milhões de habitantes), segundo informações do Censo daquele ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi em meio àquele cenário que nasceu a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), sob a liderança do Missionário R. R. Soares. Passadas quatro décadas, estima-se que o percentual de evangélicos no Brasil tenha aumentado quase cinco vezes, saltando para 31% da população, isso corresponde a quase 65 milhões dos 209,5 milhões de habitantes de nossa nação. 

O Missionário R. R. Soares pregando na Cidade do Cabo, na África do Sul
Foto: Arquivo Graça / Emerson Nascimento

É possível dizer, sem medo de errar, que a Igreja da Graça contribuiu muito para alavancar o crescimento evangélico. De alguns poucos pontos de pregação no Rio de Janeiro (RJ), em 1980, a IIGD mantém, atualmente, 1.625 templos e 1.362 campanhas (pontos de pregação) espalhados pelo Brasil, além de mais de duas dezenas de templos no exterior. A maior referência desse trabalho de evangelização é o Show da Fé, programa apresentado pelo Missionário R. R. Soares desde 2003, transmitido em TV aberta pelo sistema de televisão por assinatura Nossa TV e via internet. Lançando mão das redes sociais, o programa é também veiculado em 23 línguas, chegando a 191 países.

O Missionário R. R. Soares ministrando a Palavra durante o Show da Fé, na sede da Igreja Internacional da Graça de Deus, na capital paulista
Foto: Arquivo Graça / Solmar Garcia

A Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), segundo o próprio R. R. Soares, é um braço da Igreja de Jesus na Terra. “Não atacamos qualquer denominação. Deploramos quem faz isso. É um desserviço”, afirma o Missionário, o qual ressalta que “são 40 anos de lutas” e adverte: “Haverá adversidades até o fim”. Citando as palavras de Jesus registradas em João 16.33b (No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo), o líder da Igreja da Graça é taxativo:“As coisas não são fáceis, mas é assim que se alcança a vitória. Uma imensa bênção vem depois de uma grande batalha”.

Sem dúvida, a história da IIGD – e de seus membros – é marcada por bênçãos (materiais e espirituais) e (vários) milagres. Um exemplo é a advogada Odília Martins de Melo, gerente geral da Igreja Internacional da Graça de Deus: sua biografia se mistura, em certa medida, com a trajetória da instituição. Em 1980, ela foi levada pela família a participar de uma reunião do Missionário R. R. Soares em um cinema de São João de Meriti (RJ), na Baixada Fluminense. “Estava impossibilitada de andar devido a uma febre reumática, porém, ao receber a Palavra naquele dia, fui curada, para a glória do Senhor”, relata a Dra. Odília, assinalando que, uma das marcas registradas do ministério da IIGD é a mensagem simples e carismática de um homem de Deus, a qual chega aos lares de brasileiros e de pessoas em todo o mundo. “Assim, o Evangelho alcança as famílias, acarretando cura, temor do Senhor e prosperidade para elas.”

Mesmo antes da fundação da Igreja da Graça, o ministério do Missionário R. R. Soares rendia frutos. É o caso do Pr. Jayme de Amorim Campos, líder estadual da IIGD em São Paulo. Ele teve ciência do trabalho feito por Soares ainda em 1977, quando sua mãe começou a frequentar reuniões lideradas pelo pregador, no Rio de Janeiro (RJ). Dependente de bebida alcoólica e deprimido, caiu possesso por demônios nos primeiros cultos dos quais participou. O processo de libertação demorou algum tempo, e o pastor só se firmou no Evangelho em 1983. “Fui liberto a partir das orações e do conhecimento das Escrituras.”

O Pr. Rogério Postigo, líder estadual da IIGD no Rio de Janeiro, conheceu o Evangelho por meio da Igreja nos anos de 1980. “Minha mãe assistia ao programa de televisão do Missionário R. R. Soares. A consequência disso foi que houve uma mudança em minha família”, afirma ele, que está na Igreja da Graça há 33 anos. A transformação foi tamanha que o jovem Rogério queria dizer ao mundo o que Jesus havia feito. Até que veio o chamado pastoral, o qual o levou a abandonar o emprego para se dedicar exclusivamente à obra de Cristo. O pastor conta que jamais se esquecerá do dia em que foi consagrado ao ministério pelo Missionário. “É uma experiência que me emociona até hoje, quando me lembro.”

Sentimento de gratidão – O Pr. Josias Cruz também está na Igreja da Graça há mais de três décadas. Uma determinada situação fez sua mãe buscar ajuda espiritual na IIGD. “Meu irmão mais novo passou mal e caiu, todo torto, enquanto brincava. Socorrido, foi conduzido para o hospital.” Depois de todos os exames terem sido realizados, a família foi informada de que a saúde do menino estava perfeita. “Mas uma enfermeira aconselhou minha mãe a buscar o Senhor na Igreja da Graça, em Duque de Caxias (RJ), porque o problema era espiritual.” No final de novembro de 1984, Josias se integrou ao grupo jovem da IIGD. “Já são 36 anos na Igreja, onde tive a oportunidade de conhecer o Jesus da Bíblia”, atesta o pastor, líder regional em Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense.

O Pr. Luiz Fernando dos Santos, líder regional em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), está na IIGD desde 1982. Ele tinha 13 anos quando acompanhou sua mãe, pela primeira vez, a uma reunião. “Em 1985, eu me converti ao Salvador e, no ano seguinte, fui batizado nas águas”, informa Santos, salientando que a Igreja da Graça é o lugar que Deus escolheu para mudar sua história. “Por meio dela, entendi meu chamado e iniciei meu ministério, também me casei e tive meus filhos.”

Foi no início da década de 1980 que o Pr. Raimundo Donisete Alves Peres conheceu a Igreja Internacional da Graça de Deus. Na época, ainda sentia as sequelas de um acidente de carro sofrido em 1979, que o havia deixado em coma. “Eu tinha bastante dores na cabeça. Minha saúde estava fragilizada. Aprendi a colocar a fé em ação e fui restabelecido”, evidencia o líder regional da IIGD na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro (RJ). “Todas as minhas conquistas passam pela Igreja da Graça”, resume.

O pastor e cantor Fernandes Lima tem uma percepção semelhante à de Donisete. Ele era dependente químico quando chegou à IIGD, em 1997, atraído pelas pregações do Missionário R. R. Soares que via pela TV. Passou, então, a congregar na Igreja da Graça na zona sul de São Paulo e foi liberto. “Eu me tornei um homem melhor, aprendi a respeitar as pessoas. Foi nesta Igreja que me casei e que o Senhor me deu um nome”, diz, em tom de agradecimento, referindo-se ao fato de hoje ser conhecido como “forrozeiro de Jesus”.

Há quase 20 anos no ministério, o Pr. Eduardo Santos, líder da sede da Igreja Internacional da Graça de Deus no Distrito Federal, tem, igualmente, gratidão ao Altíssimo pela existência da IIGD. “Nela, conheci Jesus, fui batizado nas águas, o meu coração foi transformado e construí minha família. Amo essa Igreja”, relata, emocionado. 

Sentimentos semelhantes permeiam a fala do Pr. Lauro Doriel de Oliveira, líder estadual da IIGD na Bahia. Ele chegou à Igreja em 1982 e foi consagrado ao ministério dois anos depois. “Foi nessa Igreja que o Pai celeste abençoou minha família. Sou grato ao Missionário R. R. Soares por acreditar no chamado de Deus para a minha vida.”

Também na Igreja da Graça desde 1982, o Pr. Airton Fernandes Conceição conta que, quando assistiu à primeira reunião, ainda era dependente químico e de álcool, estava desempregado, perdido e envolvido com feitiçaria. “Minha conversão aconteceu em meio a tribulações. Estava pensando, inclusive, em suicídio.” Hoje, líder regional da IIGD no Tatuapé, zona leste de São Paulo (SP), ele relata que a Palavra fez toda a diferença. “Na Igreja, comecei a gostar das pregações e fui restaurado.”

“Libertação e amor” – Em 1983, a cidade de Franca (SP) não possuía uma filial da IIGD. Contudo, a Igreja Internacional da Graça de Deus em Ribeirão Preto (SP) organizou uma campanha em uma praça da cidade, e o jovem Roberto Rivelino, que, naquele tempo, enfrentava problemas familiares, vícios e enfermidades, assistiu ao culto. Aquela semente plantada frutificou cinco anos mais tarde. “Em 1988, eu e minha mãe aceitamos Jesus como Senhor e Salvador, e, passado algum tempo, fui curado de reumatismo”, destaca o pastor, atual líder regional da Igreja da Graça em Cotia (SP). Dedicado à obra, ele viu Jesus alcançar todos os seus familiares. “A IIGD representa família, cura, libertação e amor.”

O Pr. José Dorivaldo, líder regional em Uberlândia (MG), começou a frequentar os cultos quando a IIGD foi para a cidade de Franca (SP), em 1984. “Conheci Jesus e fui restaurado. A Igreja me recebeu como um pai e uma mãe que acolhem o filho.” Em pouco mais de um ano, já era um pregador das Boas-Novas. “A perseverança, o amor, o empenho e a determinação do Missionário são as marcas do ministério.” 

A IIGD em Franca (SP) está igualmente ligada à conversão da Pra. Maria Marta Ramos Pinto, em dezembro de 1986. “Até então, ia à Igreja apenas para participar de campanhas de fé, mas sem firmar compromisso com Deus”, diz ela, recordando-se de como era naquela época. Líder regional em Itapecerica da Serra (SP), e com 26 anos de ministério pastoral, Maria Marta faz questão de registrar: “A IIGD é uma mãe. Fui tratada e transformada, e me tornei a pessoa que sou agora: feliz e completa”.

Curas e milagres – O Pr. Luiz Carlos Corrêa conheceu Jesus em 1982, na IIGD da Estrada do Portela, em Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ). “Fui à Igreja em uma sexta-feira de libertação e nunca mais saí. Aprendi a Palavra, e tudo começou a mudar em minha vida.” Há 35 anos no ministério pastoral, ele afirma que a Igreja da Graça é a sua primeira casa. “Passo mais tempo lá do que em qualquer outro lugar”, enfatiza Corrêa, líder regional em Osasco (SP). 

O Missionário R. R. Soares diante do povo durante evento no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre (RS)
Foto: Arquivo Graça / Marcos AC

A IIGD na Estrada do Portela foi a porta pela qual passou o Pr. Zelino José Francisco a fim de conhecer o Evangelho. Ele era jovem quando, em 1983, recebeu um convite para uma reunião. Na época, era presidente de um grupo de samba, entretanto se converteu a Cristo e, desde então, tem testemunhado o agir dEle em inúmeras situações. “Fui curado de um problema sério na pele, que os médicos não conseguiam tratar”, testemunha o ministro, que está à frente da IIGD em Bonsucesso, na zona norte carioca.

Uma das marcas do ministério da Igreja Internacional da Graça de Deus é justamente a proclamação de que o Redentor salva e continua a operar milagres. O Pr. Agê Ferreira, líder da IIGD no Centro de Promissão (SP), tinha uma condição respiratória grave e já havia sido hospitalizado sete vezes por causa disso. Depois de assistir ao programa do Missionário R. R. Soares pela TV, decidiu ir à Igreja da Graça em São José do Rio Preto (SP). Isso foi em 1984. “Fiquei curado. Em três meses, fui batizado nas águas. Eu ia às reuniões de sexta a domingo”, pontua o líder, o qual já soma 34 anos de ministério pastoral. 

O Pr. Fernando Ferreira de Albuquerque acompanhava o Missionário pela televisão, e tem uma história curiosa. “Saí para tirar uma foto 3×4 e precisei esperar a revelação. Resolvi, então, entrar em uma Igreja da Graça”, relembra-se Albuquerque, hoje líder estadual da IIGD no Paraná. Ele passou a frequentar as reuniões, firmou-se na fé e logo se tornou obreiro. “Em 2003, como pastor, fui dirigir a primeira Igreja em Matinhos (PR)”, relata ele, que viu sua família ser envolvida pelo poder de Cristo. “Para a glória do Senhor, o casamento dos meus pais foi restaurado após 24 anos de divórcio.”

Foto: Arquivo Graça

Evangelização mundial – O Pr. Paulo Sabino começou a frequentar a Igreja da Graça em 2000, na cidade de Petrópolis (RJ). Já havia aceitado o Evangelho, no entanto ainda não estava firme na fé. Até que na IIGD experimentou um novo mover do Todo-Poderoso em sua vida. “Louvo a Deus pela Igreja da Graça. A maneira como a Palavra é pregada me encanta, e a fé é colocada em ação”, enfatiza o pregador, líder estadual da IIGD em Minas Gerais.

O Pr. Maiquel Marques se inseriu na Igreja Internacional da Graça de Deus em 2000, na cidade de Caxias do Sul (RS). Naquele tempo, foi atacado pela própria família, que seguia fielmente uma tradição religiosa. “Mas persisti na fé”, testemunha Marques, líder da IIGD em Mato Grosso do Sul. “Cerca de um ano depois, já trabalhava na obra. E, aos poucos, Deus me abençoou.” Ele acentua que, na IIGD, encontrou Jesus, e não a religião. “Conheci o Evangelho que salva, cura e liberta na Igreja da Graça, que tem uma maravilhosa visão de evangelização mundial.”

Foto: Arquivo Graça

Desde a sua fundação, a IIGD vem abraçando milhares de famílias. Por isso, diversos membros conheceram a Igreja ainda crianças, quando frequentavam as reuniões com seus pais. Foi o caso do Pr. Adalberto Rodrigues de Carvalho, líder estadual no Piauí. “Minha família enfrentava muitas lutas”, assinala. Sua mãe começou a acompanhar as mensagens do programa do Missionário na televisão. “Louvo ao Senhor pela oportunidade de conhecer esse ministério que tanto contribuiu para a restauração da minha casa.” 

Foto: Rodrigo Di Castro

A Pra. Juliana Viana, líder estadual em Goiás, conheceu a IIGD na infância. “Minha mãe acompanhava o Missionário pela TV quando eu tinha oito anos. Aos 13, aceitei Jesus”, declara Juliana, que foi curada de bronquite crônica. “O que mais tem me marcado, ao longo dos anos, é ver pessoas sendo salvas e tornando-se novas criaturas”, enfatiza a pastora, destacando a vocação evangelística da Igreja Internacional da Graça de Deus, característica presente no ministério fundado pelo Missionário R. R. Soares desde o seu nascedouro há 40 anos. 


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