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Antes de subir ao Céu, Jesus orou ao Pai, pedindo pelos discípulos: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (Jo 17.17). Quando aceitamos Cristo como Salvador, Seu precioso sangue nos lava e purifica de todo pecado. Pai, Filho e Espírito Santo passam a morar em nosso coração nos santificando. Mas o apóstolo João nos adverte: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós (1 Jo 1.8). Ora, se, mesmo passando pelo processo de salvação, cometemos pecado, o que fazer, então, para permanecer santificados?

A palavra pecado, em grego (língua em que foi escrito o Novo Testamento originalmente), é hamartia, que significa: errar o alvo, falhar ao tentar atingir uma marca, não alcançar a finalidade para a qual alguém foi criado. Sendo assim, toda vez que falhamos e não somos vigilantes e diligentes no que Deus nos ordenou, estamos pecando.

No entanto, há uma diferença entre errar o alvo e continuar no erro. É o que Jesus nos ensina em João 8.34 (Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado) e o que o apóstolo João registrou em 1 João 3.8: Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Entenda o seguinte: uma macieira não faz força para produzir maçãs, nem uma mangueira precisa se esforçar para produzir mangas porque tais árvores dão esses frutos naturalmente. Do mesmo modo, aquele que teve sua natureza recriada por Cristo terá prazer em fazer a vontade de Deus, dando frutos bons. A prática do pecado é o fruto mau e ocorre quando o prazer de alguém não está nos mandamentos divinos.

Ouvir o Espírito – Toda vez que pecamos, intencionalmente ou não, algo terrível acontece: ficamos separados de Deus. Contudo, há solução: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9). O desejo do nosso Pai é que, se errarmos, imediatamente nos arrependamos, confessemos e voltemos à comunhão com Ele. Entretanto, não adianta alguém fingir ser filho de Deus se não houver arrependimento verdadeiro. Para tanto, é necessário ouvir o Espírito Santo, que nos convence do pecado.

O processo de santificação também decorre de praticar o primeiro mandamento: amar a Deus acima de tudo (Mt 22.37-38). Quando amamos o Senhor, mais que a nós mesmos, temos condições de vencer as tentações e, dirigidos pelo Espírito, acertar o alvo. E, à medida que nos conservamos em santidade, mais sensíveis e sedentos por Deus nos tornamos.

Há quem não consiga ter prazer em ler a Bíblia e orar. Isso acontece porque o corpo tende a desejar os prazeres carnais, como comer, beber, dormir, descansar, passear. Todas essas coisas são lícitas e fundamentais para vivermos. Porém, se alimentarmos apenas a nossa carne, nosso espírito ficará fraco. Por isso, é essencial ter equilíbrio e tempo para todas as coisas, ou seja: para o cuidado com nosso espírito, nossa alma e nosso corpo.

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