Carta do Pastor à ovelha – 284
01/03/2023Atualidade
04/03/2023O que é a Bíblia
Pelo fato de conter as origens da criação, as alianças de Deus com os homens, a história de Israel e da Igreja Apostólica, as profecias do futuro e o insondável amor de Deus na pessoa de Jesus Cristo, como o Salvador do mundo, a Bíblia Sagrada poderia ser definida com uma só frase: Palavra de Deus.
Entretanto, vale a pena conhecer o que algumas personalidades célebres, como líderes religiosos, teólogos, pastores, escritores, poetas, músicos, políticos, cientistas e até mesmo ateus falaram sobre as Escrituras.
O escritor, teólogo, radialista e advogado paulista Ivan Espíndola de Ávila (1933-2006), que ocupou a cadeira 26 da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB), definiu o Livro Santo desta maneira: Impressiona-nos, na contemplação do mundo atual, a exatidão das Sagradas Escrituras. Nestes nossos tempos, com precisão admirável, cumprem-se as previsões do velho e bendito livro. Páginas proféticas assumem o sabor de crônicas contemporâneas em que fatos e feitos, na história e através dos homens, proclamam a veracidade da eterna palavra, que não falhou nem falhará. Por isso, é tempo de voltar à Palavra de Deus. E é isso que a humanidade está fazendo, depois de tantas fugas. Depois de procurar tantos caminhos, onde a frustração lhes foi fatal, os homens retomam ao caminho, ao único e verdadeiro caminho. E, nesse caminho, em sentido de libertação e esperança, brilha a palavra, que é luz e lâmpada de Deus.
O pregador batista inglês Charles Spurgeon (1834-1892) testemunhou: Depois de ter pregado o Evangelho por 40 anos e ter publicado os sermões que preguei semanalmente durante 36 anos, tendo estes alcançado o número de 22 mil, creio que devo ter direito a dizer algo sobre a riqueza e a plenitude da Bíblia como o livro do pregador. Irmãos, ela é inesgotável. Não haverá perigo de ficarmos secos se nos apegarmos ao texto deste volume sagrado. Não haverá dificuldade em arranjar assuntos totalmente distintos dos já usados; a variedade é tão infinita como a sua plenitude. Uma longa vida mal dá para ladear as margens deste continente de luz. Nos 40 anos do meu ministério, tenho podido apenas tocar a orla das vestes da verdade divina, mas que virtude já fluiu dela! A Palavra é como o seu Autor: infinita, imensurável, eterna. Se fosses ordenado ao ministério por toda a eternidade, terias na mão tema suficiente para as exigências eternas.
Palavras de sabedoria – Ulysses Simpson Grant (1822-1885), general e político norte-americano que serviu como o 18º presidente dos Estados Unidos, de 1869 a 1877, escreveu: Apegai-vos solidariamente à Bíblia, como a âncora das vossas liberdades; gravai os seus preceitos nos vossos corações e ponde-os em prática nas vossas vidas. A esse livro devemos os progressos que temos feito em nossa civilização, e para ele devemos olhar como o guia da nossa vida futura.
Outro líder estadunidense, o advogado Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), 32º presidente dos Estados Unidos, de 1933 até a sua morte, expediu da Casa Branca a seguinte mensagem, em 25 de janeiro de 1941: Como comandante-chefe, tenho o prazer de recomendar a leitura da Bíblia a todos os que servem nas forças armadas dos Estados Unidos. Através dos séculos, homens de muitos credos e de origens diversas têm encontrado no Livro Sagrado palavras de sabedoria, conselho e inspiração. É uma fonte de fortaleza, e, agora, como sempre, um auxílio poderoso na conquista das mais altas aspirações da alma humana. Em dezembro daquele mesmo ano, os EUA entrariam na Segunda Guerra Mundial devido ao ataque à base de Pearl Harbor, no Havaí.
O filósofo, poeta e jurista sergipano Tobias Barreto (1839-1889) disse que a Bíblia é um modelo de tudo quanto é belo e bom e, se outras razões não determinassem a sua leitura, bastaria o gosto, o simples instinto literário, para levar-nos a folhear suas páginas eternas.
O escritor e político espanhol Emilio Castelar y Ripoll (1832-1899), penúltimo presidente da Primeira República da Espanha, registrou: Não compreendo que se tenham posto milhares de obstáculos à propagação da Bíblia, pois ela é a revelação mais pura de que Deus existe na sociedade, na natureza, na história.
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), escritor alemão e um dos principais representantes do romantismo na Europa, autor da famosa obra Fausto, sublinhou: Progrida o quanto quiser, desenvolvam ao máximo os ramos da pesquisa. Nada tomará o lugar da Bíblia.
George V (1865-1936), rei da Inglaterra, declarou: Espero e confio em que os meus súditos nunca deixarão de cultivar a sua nobre herança na Bíblia inglesa, a qual, num aspecto secular, é o primeiro dos tesouros, enquanto que na sua significação espiritual é o objeto mais valioso que o mundo nos outorga.
O jornalista, escritor e crítico social norte-americano Henry Louis Mencken (1880-1956), que era ateu, assinalou: É a Bíblia, inquestionavelmente, o mais lindo livro do mundo. Não há literatura, quer antiga quer moderna, que se lhe compare.
Concluo esta série de testemunhos citando Thomas Henry Huxley (1825-1895), famoso biólogo e filósofo inglês: A Bíblia tem sido a Carta Magna dos pobres e dos oprimidos: até os tempos modernos nenhum país tem tido uma constituição em que os interesses dos povos sejam tão largamente considerados.
Abraão de Almeida
Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol. E-mail: abraaodealmeida7@gmail.com