Jornal das Boas-Novas – 258
01/01/2021Carta do Pastor à ovelha – 260
01/03/2021Acusações infundadas
A perseguição aos cristãos está insustentável em diversas partes da Índia, nação asiática de 1,3 bilhão de habitantes. Especialmente nos vilarejos do interior, nem sequer a Justiça trabalha em favor dos poucos seguidores de Jesus. As chamadas leis anticonversão, que estão em vigor em sete estados do país, têm sido usadas para prejudicar os cristãos. Um dos crimes previstos é oferecer benefícios que redundem na mudança de religião da pessoa auxiliada.
Pela legislação, gestos de caridade dos servos de Cristo estão sendo vistos como ações criminosas. Um pastor de Gagari, um vilarejo situado na região Noroeste da Índia, está sendo acusado de forçar o vizinho a se converter ao cristianismo. O problema começou depois que o homem ficou bastante doente, e o pregador, em um ato de misericórdia, levou-o ao médico.
Na mesma vila, o pai de um jovem cristão foi pressionado pelos vizinhos a ir até a polícia denunciar falsamente o próprio filho por forçar conversões. O rapaz ficou detido na delegacia por um dia para fins de interrogatório e somente foi liberado após uma equipe da ADF India, uma organização de proteção aos direitos humanos, ser acionada para defendê-lo. (Élidi Miranda, com informações de ADF India)
Assassinatos em série
O genocídio de cristãos na Nigéria, nação do Norte da África de 214 milhões de habitantes, continua longe dos noticiários internacionais. Apesar disso, os mortos são contabilizados em dezenas de milhares. As ações dos grupos terroristas de orientação islâmica estão cada vez mais ousadas, e os ataques se sucedem. Assassinatos e sequestros de meninas e mulheres são recorrentes, e as autoridades poucas vezes conseguem capturar os responsáveis ou resgatar as vítimas.
Em novembro, o culto da Igreja dos Irmãos, em Takulashi, no Norte do país, foi interrompido quando um grupo de homens armados invadiu a cidade, que é predominantemente cristã. Eles atiraram contra as residências e apedrejaram e saquearam vários imóveis durante o ataque, o qual durou cerca de duas horas. A igreja foi invadida, e 12 pessoas foram mortas a tiros no culto. Três mulheres e quatro crianças foram sequestradas pelos terroristas, que, acredita-se, pertençam ao grupo extremista islâmico Boko Haram. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)
Convivência nada pacífica
Boatos acerca de uma publicação ofensiva ao Islã, falsamente atribuída a um cristão copta e postada no Facebook, criaram uma enorme confusão no vilarejo de Dayr Al Barsha, no Egito – nação de 104 milhões de habitantes do Nordeste da África (e uma pequenina porção do território situado na Ásia). Enfurecida com a “notícia”, uma multidão de muçulmanos apedrejou e arremessou coquetéis molotov nas casas de cristãos do vilarejo. Uma mulher idosa foi hospitalizada em decorrência das queimaduras sofridas ao ter sua morada incendiada pelos criminosos.
O homem acusado de fazer a postagem disse que sua conta havia sido invadida por hackers. As autoridades foram chamadas, e Osama Al Qadi, o governador do estado de Mnya, onde aconteceu o incidente, foi até Al Barsha para tentar acalmar as tensões entre os islâmicos. Al Qadi se reuniu com os clérigos muçulmanos e pediu que eles promovessem a paz e incentivassem uma convivência pacífica com os cristãos, por meio de seus sermões, nas mesquitas. Mas de nada adiantou fazer tal apelo: publicações instigando novos ataques continuaram a circular nas redes sociais. (Élidi Miranda, com informações de The Christian Post)
Clamor por mudanças
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução na qual expressa sérias preocupações com a situação dos direitos humanos no Irã, país do Oriente Médio de 85 milhões de habitantes. O documento se refere principalmente às severas limitações e crescentes restrições à liberdade religiosa e convoca o Irã a eliminar, na lei e na prática, todas as formas de discriminação de pensamento, consciência, religião e crença. Entre as propostas de mudança, estão o fim da negação de emprego e educação aos cidadãos pertencentes a quaisquer minorias religiosas.
Ainda segundo a ONU, o governo de Teerã deve parar de monitorar indivíduos em função de sua identidade religiosa e precisa libertar todos os praticantes de qualquer religião presos por serem membros ou participantes de atividades relativas à sua fé. A Assembleia da ONU (foto) também elencou uma série de violações praticadas pelas autoridades iranianas contra grupos religiosos minoritários, tais como: agressão, intimidação, perseguição, detenções arbitrárias e incitação ao ódio. (Élidi Miranda, com informações de Article18)