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Multas pesadas

Reprodução / Amazon

Quatro igrejas foram multadas por participar de um projeto de tradução do Livro Sagrado no Tajiquistão, país encravado na Ásia Central de 9 milhões de habitantes – sendo 96,7% muçulmanos. O valor das multas é pesado: o equivalente a nove mil reais (cinco vezes o salário médio nacional). A explicação para a aplicação delas foi que a equipe de tradutores não havia requisitado, de maneira prévia, a autorização necessária para traduzir um texto de cunho religioso.

Existe uma versão da Palavra em tajique, mas escrita em uma linguagem arcaica, com alguns trechos ininteligíveis (foto). As autoridades não querem a existência das igrejas tajiques, por isso elas as pressionam com multas. Querem nos deixar cansados e nos fazer parar, disse um cristão local.

O cristianismo é considerado um “elemento externo” à cultura do Tajiquistão, uma das 15 ex-repúblicas da extinta União Soviética. (Élidi Miranda, com informações de Voice of Martyrs – VOM)


Muitas vítimas

A perseguição aos cristãos continua a crescer na Índia, país asiático de 1,3 bilhão de habitantes. De janeiro de 2016 a abril de 2020, houve quase dois mil casos de crimes de ódio contra os servos de Cristo indianos, conforme informa a Persecution Relief, uma organização nacional de defesa dos direitos humanos. Porém, a instituição estima que essa seja apenas uma fração do número total de atos criminosos, entre eles, violência física e verbal. Recentemente, vários homens interromperam um culto em que estavam reunidas 30 pessoas. Os invasores expulsaram os presentes e advertiram o pastor que fosse embora e nunca mais voltasse, pois, do contrário, seria punido.

Os cristãos também têm enfrentado problemas para prestar assistência àqueles que estão em dificuldade por causa da pandemia do novo coronavírus. As organizações ou igrejas que tentam distribuir alimentos aos necessitados têm sido acusadas de oferecer comida em troca de conversões ao cristianismo, o que é proibido pela lei indiana. (Élidi Miranda, com informações de Rome Reports)


Comportamentos punidos

Uma jovem recém-convertida de Uganda teve partes do corpo queimadas pelo próprio pai. Isso ocorreu porque ele, muçulmano, descobriu que ela havia aceitado Jesus como Salvador. A moça foi resgatada pela tia – responsável por evangelizá-la – com a ajuda de um vizinho cristão. Ela foi levada a um hospital, onde permaneceu internada por vários dias por causa dos ferimentos. A família não quis apresentar denúncia com medo de represálias por parte do pai da jovem, alegando que ele já a havia ameaçado de morte.

Uganda, nação africana de 43 milhões de habitantes, tem apenas 12% de muçulmanos, no entanto casos como esse têm se tornado cada vez mais comuns, em especial, no Leste daquele país. A Constituição e outras leis ugandenses garantem liberdade religiosa, incluindo o direito de pregar o Evangelho e de mudar de religião. Porém, em comunidades majoritariamente muçulmanas, falar de Cristo e abraçar a fé bíblica são comportamentos punidos com violência. (Élidi Miranda, com informações de Persecution.org)


Cristãs raptadas

Hildenbrand MSC / Wikimedia

Por anos, a minoria cristã no Egito, nação do Norte da África de 104 milhões de habitantes, esteve proibida de abrir mais templos ou locais de reunião. A realidade mudou bastante nos últimos quatro anos. Ao longo da gestão do presidente Abdul Fatah al-Sisi (foto), mais de 1.600 igrejas foram legalizadas – uma conquista importante para os cristãos em um território de maioria muçulmana.

Contudo, apesar dos progressos no tratamento dispensado à minoria cristã pelos dirigentes egípcios, grupos islâmicos têm agido, principalmente, no interior do Estado, com violência. Não são raros os casos de mulheres cristãs raptadas e forçadas a se converterem ao islamismo e a se casarem com muçulmanos. Uma das histórias recentes é a de Rania Abdul-Masseih Halim, desaparecida em 22 de abril. Dias depois, ela apareceu em um vídeo declarando que se convertera ao Islã e que sua família não deveria continuar a procurá-la. (Élidi Miranda, com informações de Christian Solidarity Worldwide – CSW)


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