Jornal das Boas-Novas – 294
30/01/2024Heróis da Fé | Reinhard Bonnke
31/01/2024Três, a plenitude ou perfeição divina (Parte 2): crescimento espiritual
Nesta edição, dando continuidade ao significado dos números que aparecem na Bíblia Sagrada, especialmente nos campos da Tipologia e da Escatologia, falaremos mais sobre o três, relacionado com o nosso crescimento espiritual.
Vejamos o exemplo da tríplice natureza humana: espírito, alma e corpo. Em relação ao tabernáculo, o espírito corresponde ao Santo dos Santos; a alma, ao Lugar Santo, e o corpo, ao Pátio.
Podemos citar também os três grandes dons da graça de Deus: fé, esperança e amor. A fé relaciona-se com o Espírito Santo (Jo 16.8-11); a esperança, com Jesus Cristo (1 Tm 1.1), e o amor, com o Pai (1 Jo 4.8). Em Romanos 5.1-5, que trata dessas três virtudes, o apóstolo Paulo coloca três degraus entre a fé e a esperança: tribulações, perseverança e um caráter aprovado.
Há três níveis de atuação do Espírito Santo: a Sua presença no cristão (At 2.4); a Sua paixão, lutando contra a carnalidade (Gl 5.17), e o Seu pleno controle, mediante o fruto do Espírito (Gl 5.25).
Nossa frutificação ocorre em uma tríplice progressão (Mc 4.8; Jo 15.1-5). Produzindo fruto, a 30 por um, é o recém-convertido que tem seus pecados perdoados (1 Jo 2.12); gerando mais fruto, a 60 por um, é o jovem na fé, que é forte, e a Palavra de Deus está nele (1 Jo 2.13,14), e dando muito fruto, a cem por um, é o pai na fé, que conhece Aquele que é desde o princípio (1 Jo 2.13,14).
Jesus disse que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto (Jo 12.24). De acordo com João 15.8, só glorificaremos o Pai e seremos discípulos de Cristo quando dermos muito fruto.
A caminho do monte Moriá, onde Isaque deveria ser oferecido a Deus em holocausto, Abraão avistou o lugar ao longe no terceiro dia de viagem (Gn 22.4).
No Salmo 84, encontramos o ABC do servo de Deus: o anseio, do versículo 1 ao 4; a busca, do 5 ao 8; a celebração, do 9 ao 12. Separando esses blocos, está a palavra selah, traduzida na Nova Versão Internacional (NVI) por pausa.
O lençol com animais foi baixado perante Pedro três vezes (At 10.16), estabelecendo a verdade de que a porta da graça do Senhor estava aberta também aos não judeus.
O Mestre fala acerca da presença do Espírito Santo no cristão em João 14.17; depois, da presença dEle nos Seus fiéis em João 14.20, e da presença do Pai nos Seus filhos em João 14.23. Vemos a mesma sequência em Efésios 3.14-20: o Espírito Santo traz a presença de Cristo, e Ele traz a presença do Pai, levando o cristão à posse da plenitude divina.
Tríplices combinações – Chamo a atenção para as tríplices combinações de um número:
– O número 444 é a gematria da palavra Damasco, a mais antiga cidade do mundo, sendo quatro o número do mundo.
– O número 666 é o número do homem, na sua essência da sabedoria humana e da imperfeição.
– O número 888 é o valor numérico do Nome Jesus.
– O número 999 é o número do Juízo, por ser o valor da frase minha ira.
Plenitude divina – Registro aqui o que a Bíblia diz a respeito dessa plenitude em Apocalipse 1:
v. 1 – A revelação é divinamente dada, enviada e significada: Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo.
v. 2 – João dá o testemunho divino da Palavra de Deus, do testemunho de Jesus Cristo e de tudo o que tem visto.
v. 3 – A bênção de Deus está sobre o leitor e o ouvinte das Escrituras, bem como em quem as guarda: Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
v. 4 e 8 – O Ser Divino que é, era e há de vir: João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono. […] Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.
v. 5 – O vindouro Senhor é apresentado como o divino: Profeta (fiel testemunha), Sacerdote (o primogênito dos mortos) e Rei (o príncipe dos reis da terra).
v. 6 – Seu povo é divinamente amado, liberto e coroado: E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém!
v. 9 – O cristão é companheiro de outros irmãos no sofrimento, no Reino e na perseverança em Jesus: Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.
v. 17,18 – Cristo é apresentado como o Primeiro e o Último (divinamente eterno), o que vive e esteve morto (divinamente vivente) e o Onipotente (divinamente poderoso): E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno.
v. 19 – A revelação do Senhor: as coisas que você viu, as presentes e as que acontecerão.
Abraão de Almeida
Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol. E-mail: abraaodealmeida7@gmail.com