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O ingrediente que não falta nos salvos


Dizer-se salvo sem demonstrar alegria por esse fato pode não ser a verdade, pois esse sentimento é um testemunho visível naqueles que passaram da morte para a vida (Fp 3.1; 4.4; 1 Pe 4.13). As pessoas piedosas de todas as religiões precisam meditar no pedido feito pelo rei Davi ao Senhor após confessar seu pecado. Ele não se sentia em comunhão com Deus e declarou: Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário (Sl 51.12).

Jesus falou da alegria completa que os salvos devem ostentar: Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa (Jo 15.11). A Boa Notícia provoca uma mudança de humor instantânea naqueles que a ouvem e creem nela. Incerto do seu destino eterno, o homem procura regozijar-se com tudo deste mundo. Entretanto, mesmo se esforçando, sente-se frustrado. O dinheiro não compra a alegria, a fama não serve de prova da salvação nem a família unida consegue fazer seus membros se sentirem seguros quanto ao destino de suas almas. Agora, as palavras de Cristo nos oferecem a certeza de estarmos no caminho certo, apresentando-nos a fé real, a qual nos faz receber as respostas certas para sermos felizes.

Foto: Klara Kulikova / Unsplash

O dinheiro não compra a alegria, a fama não serve de prova da salvação nem a família unida consegue fazer seus membros se sentirem seguros quanto ao destino de suas almas

A PROVA DA SALVAÇÃO – Como vimos anteriormente, Davi clamou para lhe ser devolvida a alegria da salvação. O seu pecado com Bate-Seba havia sido confessado, porém a alegria – a prova do perdão – não havia chegado ao seu interior. Quando o homem peca, ele se sente miserável e, para superar a dor de ter errado, procura animar a sua alma a qualquer custo. No entanto, conforme declarei, o dinheiro, a fama e a família unida não fazem isso por ele. Essa tristeza é como um sinal deixado pelo Senhor de que a pessoa precisa se acertar com Ele. Repetir preces, fazer orações sem cessar e oferecer cultos a Deus não resolverá o problema. Jesus falou: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens (Mc 7.6,7).

Após ter ressuscitado, Cristo apareceu a dois discípulos que iam em direção a Emaús, uma aldeia localizada perto de Jerusalém. Eles iam conversando a respeito do Salvador. Então, sem deixar que notassem que Ele era o Mestre que os acompanhava, Jesus perguntou sobre o que falavam durante a caminhada. Ambos responderam, questionando se Ele era só peregrino em Jerusalém e, por isso, não sabia das coisas que haviam sucedido na cidade: E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo, e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas, agora, com tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram (Lc 24.19-21).

Cristo começou a lhes explicar as Escrituras. Depois, quando Jesus entrou para pousar com eles, abençoou o pão e o ofereceu aos discípulos, estes tiveram os olhos abertos ao mesmo tempo em que o Mestre desaparecia: E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (Lc 24.32). Eles se lembraram de que, quando Jesus lhes falava da Palavra, o coração deles ardia, alegrava-se. Isso acontece sempre que uma palavra salta aos nossos olhos durante a leitura da Bíblia ou escutamos a pregação de alguém ungido. Eles tiveram a prova que também nos é concedida.

Foto: Bon Vivant / Unsplash

Cristo começou a lhes explicar as Escrituras. Depois, quando Jesus entrou para pousar com eles, abençoou o pão e o ofereceu aos discípulos, estes tiveram os olhos abertos ao mesmo tempo em que o Mestre desaparecia

A DECISÃO DE PAULO – O apóstolo estava firme na intenção de voltar a Jerusalém, onde acabou preso. Enquanto ainda estava em Mileto, mandou um recado aos anciãos da igreja em Éfeso para irem ter com ele. Ao falar dos seus planos, explicou que talvez nunca mais vissem o seu rosto: Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus (At 20.24).

Paulo mostrou o que deveriam fazer, principalmente que ficassem atentos. Depois da sua partida, alguns falsos cristãos entrariam na igreja com o propósito de destruir a obra que o Senhor havia feito entre eles. A preocupação do apóstolo a respeito do seu chamado deveria ser a nossa sempre, jamais vivendo tristes ou abatidos com o que pode nos acontecer. É certo que o plano da salvação – a obra maior da vinda do Filho de Deus ao mundo – há de alcançar os perdidos com o mesmo Evangelho pregado por Jesus e haverá enfermos curados, pessoas libertas dos demônios e almas redimidas (Mc 16.15,16). O apóstolo se despediu deles, foi à cidade do grande Rei e lá foi preso e, depois, conduzido a Roma, onde morreu.

A PROVA MOSTRADA PELO SALVADOR – Os discípulos de Jesus ainda não haviam recebido o Espírito Santo, por isso não compreendiam o que as Escrituras diziam. Maria Madalena dissera que Ele ressuscitara, mas a maioria deles não cria no que ela falava. Com medo dos judeus, eles se reuniram, e, de repente, chegou o Mestre e Se pôs no meio deles, saudando-os com a paz: E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor (Jo 20.20).

Ele não prometeu aparecer aqui e acolá para alguns irmãos, apesar de isso ter acontecido com o apóstolo Paulo, que veio a crer nEle quando perseguia a Sua Igreja (At 9). Muitos afirmam que o mesmo Senhor lhes tem aparecido, e disso não devemos tratar agora. Sendo o Todo-Poderoso, Deus pode dar-Se a conhecer a quem quiser. Não nos compete gastar tempo orando para isso ocorrer conosco. No entanto, se for parte do propósito dEle, sucederá. A prova mostrada por Cristo alegrou sobremaneira os discípulos. Importa-nos cumprir a nossa carreira e o ministério que recebemos de Deus.

Foto: Dariusz Kanclerz / Unsplash

Não há como nos calarmos diante de tão grande graça que Deus tem derramado sobre nós nestes tempos, curando enfermos, libertando oprimidos e salvando a nossa nação das ameaças. Os que são de Deus nunca deixarão de orar pela paz de Jerusalém e do nosso país também (1 Tm 2.1-3)

A ALEGRIA DE JEREMIAS – O profeta das lágrimas, como muitos o consideram, falou da satisfação do seu coração pelo fato de ter comido as palavras que lhe foram dadas: Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos (Jr 15.16).

Não basta gostar de alguma declaração bíblica, mas, se a comermos, também produzirá para nós alegria em nosso coração. Jeremias disse que o seu nome significava que o Senhor era exaltado. O salvo não deve viver para si mesmo, correndo atrás da prosperidade ou de outras bênçãos em primeiro lugar, pois elas nos são acrescentadas quando buscamos o que Jesus declarou: Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6.33). Gaste o seu tempo vivendo as promessas bíblicas, orando e meditando nas Escrituras. Assim, você será grande diante de Deus e dos homens. Jamais seja cobiçoso de torpe ganância (Tt 1.7; 1 Pe 5.2).

A FESTA BARULHENTA DE NEEMIAS – E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe (Ne 12.43). Que dia Jerusalém viveu sob a direção de Neemias após 70 anos! Conforme foi profetizado por Jeremias, os judeus voltaram para a sua terra e fizeram uma grande comemoração na consagração dos muros (Jr 25.11,12). Não há como nos calarmos diante de tão grande graça que Deus tem derramado sobre nós nestes tempos, curando enfermos, libertando oprimidos e salvando a nossa nação das ameaças. Os que são de Deus nunca deixarão de orar pela paz de Jerusalém e do nosso país também (1 Tm 2.1-3).

Foto: Nicholas Safran / Unsplash

É certo que o plano da salvação – a obra maior da vinda do Filho de Deus ao mundo – há de alcançar os perdidos com o mesmo Evangelho pregado por Jesus e haverá enfermos curados, pessoas libertas dos demônios e almas redimidas (Mc 16.15,16)

AMEAÇA AOS APÓSTOLOS – Os sacerdotes do judaísmo pensaram que, ameaçando os apóstolos, evitariam que pregassem sobre o poder do Nome de Jesus. Ora, eles foram salvos para servir a Deus e, por nada, deixariam de falar desse Nome que é sobre todo nome. Eis o resultado da tentativa deles: saíram com mais disposição para pregar a Verdade ao povo do que podiam imaginar: Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus (At 5.41).

O Inferno sabe que não adianta ameaçar os genuinamente salvos. Eles têm um amor por Jesus que está além de qualquer comparação com os heróis das nações. Nunca será possível calar a voz dos que amam a Cristo de todo o coração. Estes, sabendo que o medo da perdição eterna foi tirado deles, têm a prova de que são amados pelo Salvador e Senhor de todas as coisas. Quem adia a sua decisão não sabe o quanto se arrisca a sofrer pela eternidade, uma vez que continuará para sempre do jeito como morrer. Se for salvo, ele jamais perecerá; porém, se morrer perdido, nunca será perdoado. Aproveite e tome a posição de ser salvo, confessando Jesus como Salvador e deixando o pecado.

GOZO INEFÁVEL – Os apóstolos haviam convivido com Cristo e, por isso, conheciam Suas promessas e O amavam. Nós, contudo, temos um amor maior, visto que não O conhecemos fisicamente e, ainda assim, O amamos profundamente: Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso (1 Pe 1.8). O nosso prazer em ser dEle é inefável – algo indescritível e inominável em razão da Sua natureza, força e beleza que durarão pela eternidade. O nosso prazer em ser de Jesus é imenso, inebriante e encantador.

Com amor,

R. R. Soares


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