Entrevista – 268
01/11/2021Carta do Pastor à ovelha – 270
01/01/2022Violência extrema
Os cristãos têm vivido sob risco de violência e morte (foto) na República Democrática do Congo (RDC), país da África Central de 105 milhões de habitantes. Somente no início de setembro, pelo menos 30 pessoas foram assassinadas na Província Oriental de Ituri por membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF, a sigla em inglês), um dos principais grupos extremistas islâmicos que atuam em território congolês. A maioria da população do Congo é cristã (95%), mas radicais de grupos, como a ADF, vêm há anos tentando tomar o controle de certas regiões do país.
O mesmo problema se verifica em outras nações da África e da Ásia. Analistas internacionais afirmam que, após o retorno do Talibã ao governo do Afeganistão, as ações expansionistas das milícias radicais islâmicas devem avançar ainda mais pelo globo. (Élidi Miranda, com informações de Missão Portas Abertas)
Remanescente fiel
Identificar-se como cristão já era bastante arriscado mesmo antes de as tropas norte-americanas deixarem o Afeganistão, país asiático de 37 milhões de habitantes. Porém, com a ascensão ao poder dos extremistas muçulmanos do Talibã, em 2021, a situação daqueles que professam a fé em Jesus se tornou ainda mais crítica. Muitos cristãos têm tentado fugir do país. Além da perseguição iminente, a nação afegã está mergulhada em gravíssima crise econômica.
Apesar dessa situação, diversos servos de Deus demonstram o anseio de permanecer em território afegão. Eles sentem que seu chamado é ficar, a despeito da perseguição que irão enfrentar. Creem que Deus tem um plano para eles ali, que o Senhor quer uma igreja no Afeganistão, e desejam ser membros dessa igreja, informou uma fonte ligada à organização International Christian Concern (em português, algo como Preocupação Cristã Mundial). Estima-se que existam entre oito e dez mil cristãos nesse país asiático. (Élidi Miranda, com informações de Godreports)
Ódio religioso
Mais um pastor foi assassinado em Uganda, nação da África Oriental de 45 milhões de habitantes, por pregar o Evangelho a muçulmanos. O Pr. Barnabas Musana liderava uma pequena igreja no vilarejo de Namwendwa (foto), no Leste do país. Os muçulmanos da região já haviam demonstrado seu descontentamento com as atividades do líder, que costumava realizar eventos evangelísticos e debates públicos sobre religião.
Musana passou a receber ameaças de morte no dia em que disse publicamente que Jesus não era um profeta, e sim o Filho de Deus e que era superior a Maomé, o fundador do islamismo. Além disso, o pastor treinou evangelistas para visitar casas, e, em um período de seis meses, ao todo, 15 muçulmanos se converteram a Jesus. Barnabas Musana também tinha um ministério de cura e, todas as noites, recebia pessoas que buscavam orações por estarem padecendo de alguma enfermidade. Muitas eram curadas, inclusive muçulmanos que o visitavam em segredo.
Em setembro, o líder – que era casado e tinha dois filhos (um de sete anos e outro de dois) – saiu para pescar em um lago. Seu corpo foi encontrado horas mais tarde com sinais de estrangulamento e marcas de perfurações feitas por objeto cortante. (Élidi Miranda, com informações de Christian Headlines)
Região devastada
A Etiópia é uma nação com antigas raízes no cristianismo, as quais remontam ao primeiro século da Era Cristã. Muitos etíopes já adoravam o Deus de Israel séculos antes. O eunuco mencionado em Atos dos Apóstolos seguia a tradição judaica presente na região (At 8.26-39). Hoje, porém, a comunidade cristã tem sofrido intensa perseguição por parte de grupos extremistas. Eles utilizam questões étnicas, religiosas e divisões tribais para espalhar conflitos por todo o país, situado no Chifre da África de 118,9 milhões de habitantes.
Uma das escaramuças é a guerra travada entre as Forças Armadas e a Frente de Libertação do Povo do Tigré, a qual tenta tomar o poder no Norte do país. O confronto já provocou o deslocamento de milhares de refugiados. Uma fonte ligada ao ministério cristão Global Disciples (Discípulos Globais) informou que diversas pessoas inocentes estão morrendo por causa do conflito. A organização apoiava várias igrejas no Norte etíope, mas, atualmente, nem sequer tem contato ou sabem onde estão esses cristãos porque todos tiveram de abandonar a própria casa (foto) e local de culto. (Élidi Miranda, com informações de Mission Network News – MNN)