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22/12/2023“Meu presente de volta”
Ao perseverar na fé, obreira vê filha se recuperar de grave problema neurológico
Por Evandro Teixeira
Era 1999, quando a diarista Raimunda dos Santos Machado, 54 anos, conheceu o Evangelho e se converteu a Cristo na sede regional da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Limeira (SP). O convite para ir às reuniões foi feito por uma amiga que fazia parte da obra daquela congregação na época. Inicialmente, Raimunda frequentava apenas os cultos de libertação. Entretanto, logo cresceu na fé e se tornou obreira, pois desejava trabalhar de maneira mais efetiva na casa do Senhor.
Nesse tempo, ela já era casada com o montador de autopeças Benedito Machado, com quem tinha uma filha, Stefanie Caroline Machado, hoje com 28 anos. Raimunda sempre levava a menina à Igreja, pois desejava instruí-la na Palavra. Depois, fez o mesmo com a caçula, Gabrielle Cristine Machado, atualmente com 17 anos. De acordo com a serva de Deus, a chegada de mais uma pequena foi um presente do Senhor.
Outra bênção foi a conversão do marido. No início, Benedito se mostrou resistente ao Evangelho: aceitava o convite da esposa para ir aos cultos, mas não queria se comprometer com o Altíssimo. No entanto, Raimunda perseverou em oração e participou de diversas campanhas de fé até vê-lo convertido ao Todo-Poderoso. “Quando Deus agiu no coração do meu esposo, ele passou a ir à Igreja com frequência e se firmou na fé”, relata ela, informando que o marido serviu ao Senhor até falecer, aos 52 anos, em 2015.
Raimunda continuou incentivando as filhas a se envolver com a obra. Em 2018, com apenas 12 anos, a caçula já era voluntária na escola bíblica. Entretanto, naquele ano, Gabrielle passaria por uma grande provação. Certo dia, a adolescente sentiu uma dor de cabeça tão forte que a fez desmaiar. Atônita, Raimunda começou a clamar a Deus. O barulho chamou a atenção de uma vizinha, que foi até a residência delas ver o que estava acontecendo. Ao se deparar com a menina caída e a mãe desesperada, chamou ajuda para levá-las ao hospital.
Intervenção divina” – Assim que chegou à emergência, ainda inconsciente, Gabrielle seguiu direto para a UTI. Ao ser submetida a uma tomografia da cabeça, foi constatado que sofrera uma hemorragia cerebral. De acordo com o neurocirurgião, a paciente tinha uma predisposição genética que favoreceu, precocemente, o surgimento daquele problema. A jovem teria de passar por uma drenagem na região afetada, mas corria o risco de ficar com graves sequelas, como dificuldade de falar, andar e, na pior das hipóteses, desenvolver um quadro vegetativo ou morrer.
Confiante de que o Senhor operaria um milagre, Raimunda ouviu atentamente as explicações do especialista sem se deixar abalar. Em seguida, falou “Creio que Deus já fez a obra. Apesar de todo conhecimento médico, o Senhor Jesus fará algo que surpreenderá a sabedoria humana. Ela sairá daqui curada”, declarou a mãe.
Gabrielle passou 21 dias na UTI, sendo 15 em coma induzido para que fosse realizada a drenagem do líquido acumulado. Nesse período, as intervenções eram avaliadas pelos especialistas para saber se estavam dando resultados positivos. Por sua vez, familiares e amigos se uniram em oração por essa causa. Naquela época, o Pr. Eduardo Galhardo, que era o líder regional da IIGD em Limeira – hoje, liderada pelo Pr. Alexandre Vieira –, conseguiu visitar a adolescente, mediante uma autorização especial da direção hospitalar. Na ocasião, Galhardo orou por Gabrielle e declarou, pela fé, que ela sairia dali curada: Logo, logo você estará conosco, disse o ministro.
Ao final do coma induzido, ficou constatado que não havia mais hemorragia, e Gabrielle finalmente poderia acordar. A primeira pessoa que ela viu foi a irmã e logo lhe perguntou o que havia acontecido. Diante do quadro de melhora da paciente, o médico elogiou a fé da família e reconheceu a intervenção divina. A recuperação da jovem na UTI foi tão surpreendente que dali mesmo recebeu alta e retornou à sua casa, sem precisar ficar em observação na enfermaria. “Não havia qualquer sequela!”, recorda-se a mãe.
Para Raimunda, o apoio dos amigos e da Igreja foi essencial para se manter firme naquela fase. Segundo a obreira, essa experiência serviu de aprendizado para mostrar aos descrentes o poder de Jesus em ação. Hoje, Gabrielle ajuda a cuidar das mídias digitais da Igreja e deseja se dedicar ainda mais à obra do Senhor. Ao ver a filha bem e servindo ao Pai celestial, Raimunda tem muitos motivos para agradecer. “Deus trouxe o meu presente de volta”, conclui.