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Fotos: Arquivo pessoal
Palavras de vida
Após receberem mensagens de fé e perseverança, pastores da Igreja da Graça veem o filho se recuperar de perigosa infecção
Por Evandro Teixeira
Em Provérbios 12.18, está registrado: Há alguns cujas palavras são como pontas de espada, mas a língua dos sábios é saúde. Os ministros do Evangelho Leandro Barros de Freitas, 34 anos, e Bruna Sales Lima Barros, 31, experimentaram a realidade desse versículo de modo contundente depois da chegada do segundo filho deles, Isaac, de apenas um ano. Apesar de muito novo, o menino já passou por uma grande provação. No entanto, em meio à situação difícil, os pregadores receberam o apoio e as orações de outros pastores e enfrentaram, com perseverança e fé, a fase da tribulação.
Quando ainda tinha três meses, Isaac testou positivo para a covid-19, doença infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 que, no Brasil, ceifou a vida de mais de 700 mil pessoas. Porém, o garotinho conseguiu vencer a mazela e a sequela deixada por ela: a broncopneumonia – infecção nos brônquios.
Entretanto, após quatro meses, o pequeno enfrentou um desafio ainda maior. Em um final de semana em novembro de 2022, Isaac, então com sete meses, teve uma noite agitada e não conseguiu dormir. Os pais perceberam que ele estava com febre, a pele avermelhada, além de uma pequena ferida perto do nariz. Como o choro era incessante, decidiram procurar a emergência. No primeiro atendimento, os médicos informaram que se tratava de um quadro infeccioso no ouvido e, por isso, optaram pela internação.
Mesmo tomando as medicações, o quadro clínico do bebê piorou, e as feridas começaram a se espalhar pelo corpo dele. Naquele momento, sem saber a origem do problema, os especialistas requisitaram a transferência de Isaac para um hospital especializado em atendimento infantil.
Após a realização de vários exames, foi constatada uma infecção generalizada na pele (infecção cutânea estafilocócica), causada pela bactéria Staphylococcus aureus. Segundo os médicos, havia o risco de a contaminação afetar os órgãos internos da criança, o que poderia evoluir para uma infecção sistêmica – quadro grave que pode levar à morte. Assim, os profissionais decidiram que o pequenino teria de ficar internado por sete dias, a fim de ser medicado e avaliado.
Movimento de oração – Na época, Leandro e Bruna lideravam a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Cabreúva (SP), município a 90km da capital paulista. No hospital, Isaac não queria mais se alimentar e passava a maior parte do tempo chorando no colo da mãe. “Por causa das feridas, ele não conseguia encontrar uma posição confortável no leito para dormir”, recorda-se a pastora.
Alertados sobre a gravidade da situação, membros da Igreja, parentes, amigos e pastores da IIGD iniciaram rapidamente um movimento de oração em favor da vida do neném. Entre eles, estava o Pr. Jayme de Amorim Campos, líder estadual da Igreja da Graça em São Paulo, que enviou uma mensagem em vídeo ao casal, determinando a cura do bebê: Vocês estão sempre em nossas orações. Esse menino voltará logo para casa, em Nome de Jesus. Seja qual for a infecção, ela não irá prosperar. A bênção está dada. Creiam, levantem a cabeça e se animem no Senhor. Ele já deu a vitória. A Pra. Bruna ressalta ter recebido também a mensagem de um líder regional que havia passado por uma experiência semelhante. O colega de ministério aconselhou que ela e o marido buscassem um caminho direcionado por Deus, a fim de vencerem aquela batalha. Após receber essas duas mensagens, o casal se sentiu espiritualmente fortalecido.
No entanto, a pregadora não entendeu muito bem, em um primeiro momento, por que aquele líder regional havia citado o texto de 1 Samuel 15.22:Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porém, ao analisar melhor o texto bíblico, Bruna se deu conta de que, devido à condição de Isaac, estava negligenciando a obra do Senhor. Assim, orou e pediu perdão a Deus.
Ela, entretanto, estavam no seu limite. Por isso, cria que, para voltar a se dedicar com afinco à seara do Mestre, precisava que a situação clínica de Isaac melhorasse. Orando e crendo que o Todo-Poderoso desejava sua volta ao exercício pleno de seu ministério, a ministra continuou lutando pela recuperação do filho.
Mudança milagrosa – Não demorou muito para o Altíssimo operar de forma milagrosa no quadro clínico do pequenino. Em um dia, Isaac continuava sem comer e estava abatido; no dia seguinte, acordou muito animado e conseguiu se alimentar. No outro, logo após ser reexaminado, recebeu alta. Ao ver aquela rápida recuperação, o médico exclamou surpreso: Parece outra criança! A pele também dava sinais de melhora. Antes repleta de escaras por causa das lesões e feridas, começava a ficar limpa.
Logo que recebeu a notícia de que o bebê poderia voltar para casa, o Pr. Leandro Barros foi buscá-lo no hospital. “Tinha a sensação de trazer para casa um filho que havia acabado de nascer”, compartilha o líder. No domingo seguinte, toda a família, incluindo o primogênito, Leonardo, de seis anos, estava na Igreja testemunhando acerca do poder do Altíssimo.
Para o casal, hoje à frente da IIGD em Itupeva (SP), as mensagens de fé recebidas dos colegas pregadores naquele momento crucial deram a certeza de que eles não estavam sozinhos na batalha. E, uma vez fortalecidos na fé, Leandro e Bruna contemplaram o agir poderoso do Criador.
Agora, sempre que olha para o pequeno Isaac, o pastor se lembra do patriarca Abraão, o “pai da fé” (Rm 4.11), o qual, em uma grande provação (Gn 22), teve a certeza de que não perderia o filho (Hb 11.19). “Eu também não perdi o meu Isaac”, celebra.
