Medicina e Saúde – 259
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Após anos esperando o agir sobrenatural de Deus, professora considerada infértil dá à luz uma menina
Por Evandro Teixeira
Na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, a história da pequena Ester, de quatro anos, é bem conhecida. Quem a vê alegre, sorrindo e brincando sabe que está diante de um milagre. Ela é a realização de um sonho acalentado por seus pais, a docente Rosana Mara Nelis Pinto dos Santos, 41 anos, e o motorista Marcos Paulo dos Santos, 48.
O primeiro filho deles, Mateus Henrique, nasceu em 1999, um ano depois que eles começaram a morar juntos. Após algum tempo, Marcos e Rosana aceitaram Jesus e se batizaram em uma igreja evangélica. Na mesma época, tomaram duas decisões: oficializar a união e aumentar a família. Era o ano de 2004, e o primogênito tinha quase cinco anos.
Porém, estranhamente, a segunda gestação não se concretizava. Assim, o casal procurou ajuda médica para entender a situação. Os dois foram submetidos a diversos exames, e, então, constataram que Rosana tinha ovários policísticos, condição conhecida pela sigla SOP – uma síndrome que provoca alteração nos níveis hormonais, levando à formação de cistos. Esse problema pode alterar o processo de ovulação, e essa seria a razão de Rosana não engravidar.
Mesmo fazendo o tratamento recomendado por seu ginecologista e com a retirada dos cistos, a gestação não aconteceu. Outros medicamentos para preparar o útero e induzir a ovulação de Rosana chegaram a ser administrados, mas, também, não produziram os resultados esperados.
Em meio a esse processo de investigação médica, em 2007, o casal conheceu a IIGD. Era um período em que os dois tinham muita sede de conhecer mais o Senhor. “Depois que visitamos a Igreja, não quisemos mais sair”, frisa ela.
Nova esperança – Em 2008, o médico de Rosana a encaminhou a um especialista, o qual sugeriu a ela uma radiografia do útero. Por se tratar de um procedimento que exige aplicação de contraste e ser um tanto doloroso, ela adiou o exame, feito apenas quatro anos depois. As imagens mostraram que havia uma obstrução nas trompas, o que impedia a fecundação. Sendo assim, ela precisaria de uma cirurgia para reverter o quadro.
Diante daquele diagnóstico, a professora retomou a possibilidade de ser mãe. Contudo, a operação não surtiu o efeito desejado, porque os médicos não desobstruiram as trompas. Assim, ela foi diagnosticada como estéril. “Foi difícil receber aquela notícia, pois estava cheia de fé e esperança. Quis sair imediatamente daquele hospital”, lembra-se ela, que ligou para o marido pedindo-lhe que a buscasse, antes mesmo de receber alta médica. “Em todo esse processo, meu esposo esteve ao meu lado, mesmo que, em certas horas, tivesse uma opinião diferente da minha. Decidi que só desistiria quando Deus dissesse que não tinha mais jeito.”
O decorrer dos dias foi complicado para Rosana. Integrante do grupo de louvor, ela chegou a cogitar deixar a obra de Deus. Entretanto, recebeu muita ajuda espiritual e emocional dos irmãos em Cristo e da liderança da Igreja para superar aquela fase ruim. Ela voltou a confiar no Todo-Poderoso, pois Ele não havia decretado o fim. No entanto, o passar do tempo lhe trazia certa preocupação, pois já tinha mais de 30 anos e não queria demorar muito a engravidar. “Mas sabia que o Criador estava comigo em todo momento.”
Por muitas vezes, ela chorou e suplicou ao Altíssimo. Embora não demonstrasse suas emoções, seu marido também estava triste. Certa noite, ele a questionou: “Se Deus não lhe der um filho, você permanecerá fiel a Ele?”. Ela respondeu que sua fidelidade ao Senhor era inabalável por mais difícil que fossem as circunstâncias.
Sintomas de gravidez – Firme naquele propósito, Rosana fez campanhas de oração e votos ao Senhor com o objetivo de ser mãe pela segunda vez. Enquanto aguardava a resposta divina, manteve-se atuante no ministério de louvor. Até que, em determinado culto, o pastor orou especificamente pelas mulheres que queriam engravidar. Em um ato de fé, o pregador determinou que quem tivesse esse desejo comprasse uma peça de roupa de bebê.
Rosana, então, procedeu conforme a orientação do líder. Contudo, novamente, o tempo transcorreu, e a gravidez não se concretizou. “Cheguei a pensar em dar aquela roupinha”, admite ela. Entretanto, foi advertida pelo Espírito Santo a não quebrar o voto. E valeu a pena ouvi-Lo: um ano depois, em outubro de 2015, aos 36 anos, Rosana sentiu alguns sintomas de gravidez. O exame confirmou que a gestação estava em curso: a estéril daria à luz!
Sua idade a deixava um pouco apreensiva. Porém, nunca deixou de crer no cuidado do Pai celestial. No primeiro trimestre, Rosana teve um susto: sangramento e um descolamento de parte da placenta. Mas, cumprindo as recomendações médicas, o restante da gestação seguiu sem intercorrências. Ela havia pedido a Deus um parto normal, e foi o que sucedeu. “Fiz como Ana, supliquei ao Criador, e Ele me abençoou. Sou grata ao Senhor pela vida de minha filha”, alegra-se, fazendo menção do texto de 1 Samuel 2.1-10. Hoje, seu primogênito, Mateus Henrique, tem 21 anos, e a pequena Ester cresce na presença do Altíssimo, dando testemunho do poder de Deus com sua vida!