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17/06/2024
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Foto: Divulgação / IIGD

Igreja solidária

IIGD se mobiliza para socorrer a população gaúcha em meio ao maior desastre ambiental do estado

Por Patrícia Scott

Em meio ao cenário de terra arrasada gerado pelas enchentes, provocadas pelas violentas chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul a partir de 29 de abril e durante o mês de maio, milhões de pessoas em todo o país se uniram em um movimento de solidariedade para ajudar a população desabrigada. E os pastores da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) se juntaram a essa corrente, criando e organizando pontos de recolhimento de donativos nos templos.

Pr. Edmilson Melo
Foto: Arquivo pessoal

O Pr. Edmilson Melo, líder regional da Igreja da Graça em Porto Alegre (RS), está entre esses líderes. Ele enfatiza a importância dessa ação. “O maior socorro vem das doações e do trabalho dos voluntários, não apenas daqui, mas também do Brasil inteiro. Aos olhos naturais, é um ambiente de tensão e tristeza. A situação é caótica, um cenário de guerra.” Apesar das perdas irreparáveis, o pastor ressalta a necessidade de trazer à memória pensamentos de esperança. “Temos aprendido a colocar em prática os dois maiores mandamentos de Deus: amá-Lo sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Pela fé e pela confiança no Senhor, cremos na reconstrução do nosso estado.”

Canoas (RS)
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Porto Alegre (RS)
Foto: Giulian Serafim / PMPA
São Leopoldo (RS)
Foto: Reprodução / Facebook Prefeitura de São Leopoldo

Até o fechamento desta edição, os números divulgados pela Defesa Civil eram: 169 mortos, 53 desaparecidos, mais de 76 mil indivíduos resgatados – eles estavam ilhados, e muitos há dias sem comer –, 581 mil desalojados (que estão em casas de amigos ou de parentes) e quase 49 mil desabrigados (instalados em abrigos, como igrejas, escolas e ginásios). As tempestades atingiram 469 dos 497 municípios gaúchos, com destaque para a capital, Porto Alegre, afetando cerca de 2,3 milhões de habitantes.

Pra. Neloci Bayer
Foto: Arquivo pessoal

Situação caótica – No entanto, no meio de tanta desolação, não faltam relatos de livramentos e milagres. Um exemplo vem da Pra. Neloci Bayer, líder do ministério Mulheres que Vencem (MQV) no Rio Grande do Sul. Ela foi resgatada de barco do condomínio onde mora. “Não acreditava que a água chegaria até lá. Ficamos ilhados. Não houve inundação no meu apartamento, mas não tínhamos luz nem água”, informou a ministra, lembrando que o salvamento demorou devido à grande demanda. “Quando olhei aquela imensidão de água, doeu ver o sofrimento das pessoas sem poder fazer nada. Algumas ficaram gritando por socorro em cima dos telhados durante a madrugada, aguardando o resgate.”

O Pr. Peterson Coimbra, com a esposa, Gislaine, e as filhas, Lívia, de seis anos, e Sofia, de apenas 11 meses
Foto: Arquivo pessoal

Na ocasião em que concedeu esta entrevista, Bayer informou que a água já havia baixado em alguns municípios, mas que Porto Alegre ainda permanecia com muitas áreas de alagamento. Ela aproveitou para transmitir uma mensagem de esperança: “Tenho confiado nas palavras de Efésios 6.13 (Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes) e as tenho compartilhado com as pessoas, orando com elas”, afirmou a líder, que está engajada no recolhimento de doações. A pastora ressalta que essa cooperação não pode parar após as águas baixarem, pois centenas de milhares de gaúchos perderam tudo: “São muitas as necessidades, inclusive de roupas, meias, agasalhos e cobertores, porque, daqui a pouco, começa o período de frio”, acrescentou.

Doações da IIGD em Niterói (RJ)
Foto: Divulgação / IIGD

A casa do Pr. Peterson Coimbra, líder estadual dos Homens que Vencem (HQV) no Rio Grande do Sul, na capital gaúcha, foi inundada. Junto com os vizinhos, ele tentou sair de carona em um caminhão, mas o veículo não chegou devido ao volume de água. Sem luz e água, o pastor abandonou a residência a pé com a esposa, Gislaine, e as filhas, Lívia, de seis anos, e Sofia, de apenas 11 meses. “Saímos com as meninas no colo, duas mochilas e a nossa cachorrinha.” O casal caminhou por mais de duas horas com água ora acima do joelho, ora acima da cintura, correndo risco de cair em buracos ou bueiros destampados. “Ao chegarmos à primeira parte seca, um viaduto, percebemos que teríamos de enfrentar mais alagamentos. No entanto, Deus enviou um rapaz para nos ajudar. Entramos no carro dele, que ficou tomado de água. A todo momento, ele acalmava minha filha caçula, que estava muito assustada. E, graças a Deus, conseguimos chegar a um local seguro”, narra.

O Pr. Fabiano Nogueira, morador de Canoas (RS), teve de sair de casa com a esposa e se abrigar na residência de dois andares do filho (foto), mas a água quase alcançou o segundo andar
Foto: Arquivo pessoal

Morador de Canoas (RS), uma das cidades mais atingidas pelas enchentes, o Pr. Fabiano Nogueira, da IIGD em Belém Novo, zona sul de Porto Alegre (RS), foi outro a receber um grande livramento. “Em questão de minutos, a água entrou pelos ralos da casa. Retirei os eletrônicos, e, quando voltei, não tinha como salvar mais nada.” Ele e a esposa, Mari Luci, foram se abrigar na residência do filho, que mora em outro bairro. “Como é um imóvel de dois andares, imaginamos que não ficaria alagado. Mas permanecemos de vigília a noite toda”, relata Nogueira.

O Pr. Enilson Romeu da Silva informou que a Igreja tem grupos ajudando na limpeza de residências e está entregando cestas básicas à medida que chegam as doações
Foto: Arquivo pessoal

Entretanto, um dique estourou durante a madrugada, e a água subiu rapidamente em Canoas. “A rua toda foi atingida, inclusive a casa do meu filho, onde estavam 15 pessoas”, explica o pastor, testemunhando um milagre. Durante o ocorrido, surgiram dois rapazes em uma caminhonete na parte mais alta da rua, perguntando se precisávamos de ajuda. “Respondemos que sim e saímos com a água entre a cintura e o peito, deixando tudo para trás. Fomos salvos por dois anjos, dos quais não sabemos os nomes, mas que nos tiraram daquele pesadelo e nos levaram para um local seguro.”

Pão da Vida – Além de arrecadar donativos, a IIGD está mobilizando voluntários para auxiliar as famílias que perderam tudo. “Temos grupos ajudando na limpeza das residências tomadas de barro”, noticiou o Pr. Enilson Romeu da Silva, líder regional da IIGD em Santa Cruz do Sul (RS). A Igreja também tem fornecido quentinhas aos desabrigados e está entregando cestas básicas à medida que chegam as doações.

O Pr. Guilherme Vargas, ministro auxiliar na sede estadual da Igreja da Graça em Porto Alegre (RS), salienta que as pessoas perderam familiares e bens materiais e estão vivendo a incerteza do futuro. “Muitos empresários da região foram afetados e se questionam se conseguirão reerguer os negócios.” Entretanto, ele assinala que o fundamental, neste momento, é suprir as necessidades básicas das vítimas. “A mobilização tem sido incrível, mas ainda não é suficiente, devido à proporção do estrago”, lamenta.

Algumas cargas dos caminhões que seguiram para o Rio Grande do Sul
com doações recolhidas pela Igreja da Graça no estado do Rio de Janeiro
Foto: Rodrigo Di Castro

Porém, em meio ao pior momento da vida de muitos gaúchos, eles começaram a encontrar a paz que só o Senhor pode proporcionar. Segundo o Pr. Richard Vieira, líder regional da IIGD no bairro Fátima, em Cachoeirinha (RS), município distante 50 km de Porto Alegre, a atuação da congregação nos abrigos foi além da distribuição do alimento físico, pois levou aos desabrigados a mensagem de Jesus, o Pão da Vida: “A Igreja esteve unida na fé e na ação, somando forças para oferecer suporte material e espiritual”, conclui.

Foto: Reprodução / Instagram Portal SCC10

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