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15/07/2021Evidências irrefutáveis
Eles tentaram comprovar que a Bíblia era uma mentira e acabaram encontrando a verdade do Evangelho
Por Élidi Miranda*
Ateus tendem a ser lógicos e racionais e, justamente por isso, rejeitam a fé. No entendimento deles, ela contém aspectos incongruentes com a racionalidade. Mas será isso verdade? O policial norte-americano James Warner Wallace tinha certeza disso. Ateu convicto, ele se especializou em investigar casos de homicídio arquivados, denominados “frios” (em inglês, cold files, ou seja, assassinatos não solucionados na época em que aconteceram). O sucesso nessas sondagens lhe deu destaque nos Estados Unidos.
Assim, decidiu se dedicar ao caso “frio” mais importante da História humana: a morte de Jesus. A princípio, seu objetivo era comprovar que a narrativa dos evangelhos não passava de uma lenda urbana bem engendrada e que poderia ser facilmente desconstruída. Wallace partiu da teoria de que Cristo não havia morrido na cruz, mas estava apenas desacordado quando foi sepultado. Portanto, segundo sua teoria, Ele teria Se levantado e saído da tumba com a ajuda de Seus 11 comparsas.
No entanto, a leitura atenta dos textos bíblicos desafiou a tese do investigador. Em especial, uma passagem do evangelho de João chamou a sua atenção: Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água (Jo 19.34). Wallace sabia que isso só seria possível acontecer se Cristo realmente estivesse morto, uma vez que, nessa situação, Seus pulmões estariam encharcados de água.
A questão seguinte era: como João poderia saber disso? Se tivesse inventado o relato, como saberia desse detalhe médico desconhecido na época? Como resultado, temos uma boa porção de ciência escondida [nesta passagem], a qual confirma que Jesus, na verdade, teve um ataque cardíaco e que estava morto quando o corpo foi retirado da cruz, declarou Wallace, em entrevista ao portal de notícias norte-americano CBN News. À medida que suas investigações avançavam, o policial não teve dúvidas: a Bíblia falava a verdade, e, diante das evidências, entregou sua vida ao Salvador. Hoje, o ex-ateu é um escritor e apologista da fé cristã.
Pesquisas profundas – Sua trajetória é semelhante à de outros ex-ateus famosos, como o norte-americano Josh McDowell. Nos anos 1950, ele era um jovem estudante universitário, quando decidiu provar que a Bíblia era uma falácia. Suas pesquisas foram profundas. Chegou a se afastar da faculdade por um período e viajar à Europa, a fim de mergulhar em diversos livros e estudos sobre o tema. Finalmente, pude chegar a apenas uma conclusão: se fosse honesto intelectualmente, teria de admitir que o Antigo Testamento e o Novo Testamento são alguns dos documentos escritos mais confiáveis de toda a Antiguidade, informa ele, em seu website (www.cru.org). A conversão ao Evangelho foi o passo seguinte. McDowell acabou se transformando em um dos maiores defensores das Escrituras do século 20.
Autor de 150 livros, Josh McDowell é mais conhecido pelo clássico Mais que um carpinteiro (United Press). A literatura apresenta evidências sólidas da veracidade dos relatos do Novo Testamento acerca da morte do Filho de Deus e Sua ressurreição. Sobre a tese de que os discípulos teriam roubado o corpo de Jesus para forjarem Sua ressurreição, ele não considera razoável. Teria sido impossível eles escalarem até o local da sepultura, andarem nas pontas dos pés entre os guardas, tornando-se invisíveis para eles, e mover uma pedra que pesaria entre uma e duas toneladas, declarou ele em entrevista à CBN News.
Outra evidência importante é que, após a prisão do Messias, Seus discípulos O haviam abandonado. Eles tinham todos os motivos para acreditar que haviam depositado suas esperanças em um aventureiro derrotado pelo sistema religioso e político da época. O que os teria levado, tempos depois, a enfrentar todo tipo de perseguição a fim de dar continuidade à pregação do Nazareno? A resposta, de acordo com McDowell, não pode ser outra a não ser terem testemunhado o Cristo ressuscitado!
Provas cabais – Essas e outras evidências também convenceram o jornalista investigativo Lee Strobel, autor de outro clássico sobre o tema, Em defesa de Cristo (Vida). Ateu convicto, ele se revoltou com a conversão de sua esposa, Leslie, no fim dos anos 1970. Ele precisava provar-lhe que o cerne do cristianismo, a ressurreição de Jesus, era pautado em mentiras. O trabalho de investigação durou dois anos e acabou convencendo-o justamente do contrário.
Em defesa de Cristo é o resultado de seu trabalho como repórter investigativo. Na obra, ele inclui as dezenas de entrevistas que fez junto a diversas autoridades em assuntos-chave referentes à problemática da ressurreição. Entre eles, o Prof. Craig Blomberg, Doutor em Novo Testamento e considerado um dos pesquisadores mais importantes sobre as biografias de Jesus. Blomberg apresenta provas cabais de que os relatos contidos nos quatro evangelhos são fidedignos.
Strobel, assim como outros ateus ou agnósticos, amantes da racionalidade, chegou ao conhecimento da fé porque uma não se opõe à outra. Não por acaso, Paulo ora pelos efésios pedindo que Deus lhes dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação (Ef 1.17). Sobre essa passagem, escreveu o teólogo britânico John Stott (1921-2011): A fé vai além da razão, mas repousa sobre ela. O conhecimento é uma escada pela qual a fé sobe mais alto, é o trampolim de onde salta para mais longe. (*Com informações de Cru.org, CBN News, Talon News e Call to die)
2 Comments
Quanto mais se lêem a respeito da fidelidade e verdade da Bíblia sagrada, mais o espírito Santo de Deus nos encoraje a viver a palavra de Deus intensamente.
Fato! Graças a Deus!!!