“Deus me sustenta”

Microempresária atribui sucesso nos negócios à fidelidade ao Senhor nos dízimos e no patrocínio

Por Evandro Teixeira

Em 2019, a vendedora Ideni Pires de Souza, hoje com 55 anos, decidiu abrir uma loja de tecidos e aviamentos na garagem de sua casa. Embora tenha começado o empreendimento com poucos recursos, acreditava que Deus a faria prosperar. Na virada de ano, registrou esse desejo ao preencher o Projeto de Vida, na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no Centro da cidade de Rio Grande (RS).

Antes de empreender, ela já atuava no ramo. No entanto, após a morte do proprietário da loja em que trabalhava, a viúva decidiu encerrar as atividades comerciais e estava prestes a dispensar as funcionárias. Ideni já sonhava em ter o seu negócio e orava, pedindo orientação ao Todo-Poderoso. Ela queria fazer tudo conforme a vontade dEle.

Desde que conheceu o ministério do Missionário R. R. Soares, há 20 anos, por meio do Show da Fé, tornou-se dizimista e patrocinadora. Por sua fidelidade a Deus no aspecto financeiro, acreditava que Ele abençoaria seu estabelecimento. E o Senhor começou a lhe abrir portas: ao tomar conhecimento do projeto da ex-funcionária a antiga patroa decidiu ajudá-la, cedendo parte do material que ainda tinha guardado. Além disso, pagou a ela todos os direitos trabalhistas. Embora não fosse muito, já que Ideni havia trabalhado menos de um ano na empresa, a quantia serviu para injetar algum capital no projeto.

Desse modo, com o dinheiro da rescisão e da indenização, ela conseguiu comprar a outra parte do material de que precisava para pôr sua loja em funcionamento. O apoio de algumas amigas e da família também foi fundamental naquele momento: as estantes de madeira do estabelecimento foram feitas pelo marido de Ideni, o aposentado Dari Jesus de Souza, 75 anos. O filho da comerciante, Pablo Pires de Souza, 33 anos, frentista em um posto de gasolina, encarregou-se da divulgação da loja. Assim, a Retalhos & Cia. nasceu.

Porém, os primeiros resultados não foram muito animadores. “Por dia, chegamos a vender apenas 10 reais. Quando vendíamos 20 reais, era motivo de comemoração”, lembra-se. Apesar desse cenário, Ideni nunca deixou de acreditar que seria alcançada pelas bênçãos do Pai celestial.

Prosperando na crise – No início de 2020, o mundo sofreu as consequências da pandemia do novo coronavírus: muitos comércios fecharam as portas por longos meses, e a solução foi tentar vender pela internet. A pequena empresária conseguiu divulgar bem o seu trabalho no ambiente virtual e logo percebeu os sinais de crescimento, principalmente com o aumento da venda de tecidos para a produção de máscaras. Segundo Ideni, pessoas de diferentes partes da cidade procuravam esse tipo de material. Para evitar aglomerações, ela teve de agendar horários com os clientes para a retirada dos produtos na loja.

Apesar da pandemia, o empreendimento cresceu. Uma empresa de sua cidade havia decidido doar cerca de 20 mil máscaras de pano para pessoas em vulnerabilidade social. Ela soube dessa iniciativa por um vizinho, que era funcionário da companhia. Mesmo sabendo que a loja de Ideni havia sido aberta recentemente, o rapaz perguntou se a vizinha queria o trabalho de confecção do material. A princípio, a microempresária ficou pensativa. Porém, logo se lembrou de suas orações, nas quais pedia a Deus que seu negócio prosperasse. Então, entendendo que se tratava de uma oportunidade dada pelo Senhor, aceitou o desafio.

Para assumir aquela missão, a comerciante teve de recorrer a um empréstimo, com juros baixos, para comprar os insumos. Segundo ela, o material adquirido na ocasião era suficiente para encher o estoque por alguns anos. No entanto, tudo foi usando em 2020. Ideni era a responsável pela compra dos tecidos e aviamentos e também pelo corte das máscaras, que eram entregues a costureiras contratadas para fazer os acabamentos.  

Embora o trabalho tenha sido intenso, o lucro foi satisfatório e reinvestido na própria loja, para o aumento do estoque e a diversificação de mercadorias. O progresso do empreendimento foi tanto que, em 2021, o espaço físico – a antiga garagem da casa – ficou pequeno para estocar tantos produtos. Foi necessário, então, ocupar a sala e a varanda também. Desde então, o negócio só tem crescido, e o espaço continua insuficiente para o volume de mercadorias comercializadas diariamente. “A cada mês, adquirimos novos materiais, graças a Deus”, relata a microempresária.

Para Ideni, a fidelidade ao Todo-Poderoso nos dízimos e nas ofertas é essencial para o cristão. Ela agradece também à liderança da Igreja da Graça pelas orientações ministradas a respeito desses princípios. Ao segui-los, a serva do Altíssimo tem experimentado a providência divina de forma perceptível. “Quando somos fiéis ao Senhor, Ele também Se mantém fiel a nós. Agora, posso dizer que Deus me sustenta todos os dias”, conclui.

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