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Diante da proibição de público por causa da pandemia, a sede da Igreja da Graça em São Paulo espalha bandeiras dos países que recebem o Show da Fé e clama pela cura da nação
Por Patrícia Scott
Domingo sempre foi o dia da semana com maior movimento na sede estadual da Igreja Internacional da Graça de Deus em São Paulo (SP). Com capacidade de receber uma multidão no templo que fica na Avenida São João, 791, o local vinha atendendo espiritualmente dentro das exigências das autoridades sanitárias, que obrigavam os espaços a ter, no máximo, 30% de lotação. Ainda assim, mesmo sendo consideradas atividades essenciais no estado, o governador paulista João Dória (PSDB-SP) determinou a suspensão dos cultos a partir de 15 de março até, ao menos, 11 de abril. “Adotamos na igreja o distanciamento social, oferecemos água, sabonete e álcool em gel à vontade, e as pessoas só entram com máscara. Os banheiros estão sempre limpos. Mas o que vamos fazer? Não vamos brigar. Proibiu, está proibido”, afirmou o Missionário R. R. Soares, o qual lembrou que, apesar da proibição, as cadeiras não ficaram vazias. “O Pr. Jayme [de Amorim Campos] pôs as nações lá. Em cada cadeira que seria ocupada por uma pessoa, ele colocou a bandeira de um país que está sendo alcançado pelo nosso ministério no mundo. São 191 nações!”, explicou R. R. Soares durante o culto de 9h de 28 de março (um domingo).
Além disso, o Pr. Jayme de Amorim enviou 20 pastores às ruas, para atender aos pedidos de oração das pessoas. Assim, estão fazendo o trabalho de evangelização e assistência espiritual, reforçado pelo uso ininterrupto das redes sociais, dos canais da operadora Nossa TV e das transmissões dos cultos pela Rede Internacional de Televisão (RIT), Band e Rede TV!. Por meio desse trabalho, a Igreja da Graça cumpre a sua vocação de levar a Palavra a todas as criaturas. “O diabo pode até pensar que vai conseguir deter essa obra, mas Deus nos dá sabedoria, e, cremos, logo estaremos todos juntos”, declarou Jayme de Amorim, o qual, diante das 191 bandeiras estendidas, envolveu-se com a bandeira brasileira e leu o texto de 2 Crônicas 7.14 (E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra). “Cada lugar representa aqueles que não puderam estar conosco: obreiros, evangelistas, idosos, jovens e crianças. Que todos possam ser alcançados pela graça”, orou.
“Um grande louvor” – De fato, a Igreja resiste, mesmo de portas fechadas. “No último domingo do mês, os jovens seguram as bandeiras e, juntos, clamamos a Deus. Infelizmente, não foi possível termos a mocidade aqui, mas isso não nos impedirá de continuar pregando a mensagem”, testifica o Pr. Márcio Alves Santana, 32 anos, líder nacional da juventude da Igreja da Graça. “Fazemos lives [transmissões pela web em tempo real] e vigílias. Eu sei que, mesmo não podendo ver de perto essas pessoas e sabendo que algumas, talvez, nunca vejamos face a face, elas serão alcançadas pelo Evangelho de Jesus. Por isso, eu me emociono e choro enquanto prego. Não importa o que dizem os haters [odiadores] na Internet. O mais importante é falar do amor de Cristo”. Mesmo diante das restrições, o Pr. Márcio relata que muitos jovens buscam, por intermédio de aplicativos de mensagens, oração por suas vidas e pelas de seus familiares.
Coordenador dos obreiros da Igreja-sede em São Paulo, o pastor e cantor Fernandes Lima lamenta o fechamento do acesso dos membros aos cultos. “A alegria do pregador e do cantor é o povo. Mas entendemos e respeitamos as autoridades. Cremos que logo estaremos juntos, em um grande louvor”.
O acesso virtual aos cultos tem gerado muitos testemunhos. Um exemplo é o de Rafaela Crisoli, líder de jovens da IIGD em Bauru, cidade do interior paulista. Ela conta que teve uma resposta de oração, acompanhando as lives promovidas pela juventude da Igreja da Graça, transmitidas pontualmente a partir de 23h31. “Apresentei a aposentadoria da minha mãe. Ela pedia o deferimento desde 2016, e, até então, todos os recursos haviam sido negados. Em 3 de agosto, exatamente às 23h31, veio a confirmação de que o benefício foi deferido. E quem defere um benefício nesse horário, quando os órgãos públicos estão fechados? Só pode ser Deus. Minha mãe até fez um propósito de entregar o primeiro benefício na Casa do Senhor e assim o fez”, relata Rafaela.
Outro testemunho, registrado nas redes sociais, foi o de um rapaz que pensava em “dar um tiro na cabeça”, mas, após assistir às lives da Igreja da Graça, mudou de ideia. Cheguei ao meu limite ontem. Pensei em desistir de vez mesmo. Só que amarrei esse mal e brotou no meu coração o desejo de ser vitorioso, escreveu, certo de que Deus ouviu a sua oração.